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MEMÓRIA
Tradição começou nos EUA com morte de trabalhadores
DA REDAÇÃO
A tradição de comemoração
do 1º de maio começou em
1886, quando cinco operários
norte-americanos foram condenados à morte pela forca
após protestos reivindicando
uma jornada de oito horas diárias, numa época em que eles
trabalhavam até 14 horas por
dia.
Ou melhor, tudo começou
dois anos antes, quando a Federação das Organizações Sindicais daquele país estabeleceu
a jornada de oito horas como
objetivo dos trabalhadores.
Com esse intuito, cerca de 100
mil operários entraram em greve em Chicago em 1º de maio
de 1886. Os industriais reagiram contratando mão-de-obra
avulsa, impedida de entrar nas
fábricas pelos grevistas.
No dia 3 de maio, a polícia foi
chamada para colocar fim ao
tumulto. Saldo final: seis trabalhadores mortos. No dia seguinte, a explosão de uma
bomba matou sete policiais e
feriu centenas de pessoas.
Apesar da falta de provas
quanto à autoria do atentado,
os líderes do movimento foram
presos, quatro foram condenados à morte e enforcados, um
suicidou-se na prisão e três pegaram prisão perpétua.
A data de 1º de maio passou,
então, a ser encarada como o
dia internacional de luto e de
luta dos trabalhadores. No entanto os EUA, de onde eram os
líderes sindicais que deram origem a tudo, comemoram o dia
do trabalho em setembro.
No Brasil, a primeira manifestação do gênero ocorreu em
1895, com o mesmo objetivo:
jornada de trabalho de oito horas diárias.
O feriado nacional do 1º de
Maio foi estabelecido décadas
mais tarde, por Getúlio Vargas.
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