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Maior fundo de pensão dos EUA diz que status não altera planos
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
O status de grau de investimento concedido anteontem
ao Brasil pela agência de análise de risco Standard & Poor's
não altera os investimentos
que o Calpers (California Public Employees Retirement
System), maior fundo de pensão dos Estados Unidos, faz no
país, disse ontem o porta-voz
da entidade à Folha.
O Calpers, que pertence a
trabalhadores aposentados da
Califórnia, o Estado mais rico
dos EUA, concentra atualmente no Brasil pouco mais de US$
1 bilhão dos US$ 245 bilhões
que investe em todo o mundo.
Como é natural para os fundos de pensão, trata-se de um
investidor altamente conservador, centrado em investimentos de baixo risco, como imóveis e renda fixa, e preocupação
com a análise das agências de
risco.
Conquistar o grau de investimento -que indica que um
país é um pagador confiável de
suas dívidas- é, em geral, muito importante para que esses
investidores com grande aversão a risco confiem no país.
Mas por que, então, isso não
se aplica à posição do Calpers
sobre o Brasil com a elevação?
"Desde 2005 nós investimos
em opções como renda fixa em
países que estão um nível abaixo do grau de investimento, como era o caso do Brasil na análise da Standard & Poor's. Essa
promoção de nível significa para nós apenas um degrau acima, o que é bom, mas não é um
marco de virada. Nós já tínhamos o Brasil como um mercado
importante", diz Clark McKinley, porta-voz do fundo.
Segundo McKinley, não existe previsão de aumentar a massa de investimento no Brasil
em curto prazo.
"É claro que nós estamos interessados no Brasil como um
dos quatro grandes mercados
emergentes, ao lado de China,
Rússia e Índia. Seria besteira
para qualquer investidor negligenciar o Brasil hoje em dia.
Investidores espertos não podem mais ignorar os mercados
emergentes", ele afirma.
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