São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2008

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Banco Mundial aprova US$ 7 bi para o Brasil

LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Mundial aprovou, em Washington, US$ 7 bilhões em financiamentos para o Brasil para os próximos quatro anos, dos quais US$ 6 bilhões concentrados em 2008 e 2009.
Os financiamentos, além de superiores em comparação aos dois últimos anos (US$ 280 milhões em 2007 e US$ 1,5 bilhão em 2006), estão inseridos em uma nova estratégia de relacionamento aprovada pela diretoria da instituição para o Brasil.
Chamada "Parceira Estratégica", o novo programa passa a privilegiar não só o financiamento de obras de infra-estrutura mas preferencialmente planos de aperfeiçoamento da gestão da máquina pública nos Estados. Além da ampliação dos valores, o banco autorizou o alongamento dos prazos de pagamento das dívidas, que passam de 15 para 25 anos.
O diretor do Banco Mundial no Brasil, John Briscoe, informou que, dos US$ 6 bilhões que vão ser liberados entre este ano e o próximo, US$ 3 bilhões vão ser usados na rolagem da dívida do Rio Grande do Sul, US$ 1 bilhão vai ser empregado no programa do governo de Minas Gerais para gestão e US$ 550 milhões irão para obras do metrô de São Paulo. Em algumas negociações, os Estados foram desobrigados da necessidade de apresentar contrapartidas.
Segundo Briscoe, a aprovação de valores vultosos, a eliminação de contrapartidas e o alongamento de prazos foram aprovados porque o Brasil passa a ser considerado pelo Banco Mundial como uma economia estável, que exibe sólida política de controle da inflação, maior crescimento e melhores condições para enfrentar turbulências internacionais.
"O Brasil de hoje é diferente do Brasil de dez anos, de quatro anos e de dois anos atrás. Os desafios são complexos e de longa maturação, e o país quer parceria para financiamentos, mas também para ajudar na produção de conhecimento em gestão pública", comentou.
O diretor fez uma análise positiva da economia brasileira, afirmando que a melhora da nota de risco conferida pela agência Standard & Poor's vai ajudar o país a atrair grandes fundos de investimento e que os governos e empresas poderão ter acesso a recursos externos a encargos mais baixos. "Foi uma notícia fabulosa."


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