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Banco Mundial aprova US$ 7 bi para o Brasil
LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Mundial aprovou,
em Washington, US$ 7 bilhões
em financiamentos para o Brasil para os próximos quatro
anos, dos quais US$ 6 bilhões
concentrados em 2008 e 2009.
Os financiamentos, além de
superiores em comparação aos
dois últimos anos (US$ 280 milhões em 2007 e US$ 1,5 bilhão
em 2006), estão inseridos em
uma nova estratégia de relacionamento aprovada pela diretoria da instituição para o Brasil.
Chamada "Parceira Estratégica", o novo programa passa a
privilegiar não só o financiamento de obras de infra-estrutura mas preferencialmente
planos de aperfeiçoamento da
gestão da máquina pública nos
Estados. Além da ampliação
dos valores, o banco autorizou
o alongamento dos prazos de
pagamento das dívidas, que
passam de 15 para 25 anos.
O diretor do Banco Mundial
no Brasil, John Briscoe, informou que, dos US$ 6 bilhões que
vão ser liberados entre este ano
e o próximo, US$ 3 bilhões vão
ser usados na rolagem da dívida
do Rio Grande do Sul, US$ 1 bilhão vai ser empregado no programa do governo de Minas Gerais para gestão e US$ 550 milhões irão para obras do metrô
de São Paulo. Em algumas negociações, os Estados foram desobrigados da necessidade de
apresentar contrapartidas.
Segundo Briscoe, a aprovação de valores vultosos, a eliminação de contrapartidas e o
alongamento de prazos foram
aprovados porque o Brasil passa a ser considerado pelo Banco
Mundial como uma economia
estável, que exibe sólida política de controle da inflação,
maior crescimento e melhores
condições para enfrentar turbulências internacionais.
"O Brasil de hoje é diferente
do Brasil de dez anos, de quatro
anos e de dois anos atrás. Os desafios são complexos e de longa
maturação, e o país quer parceria para financiamentos, mas
também para ajudar na produção de conhecimento em gestão pública", comentou.
O diretor fez uma análise positiva da economia brasileira,
afirmando que a melhora da
nota de risco conferida pela
agência Standard & Poor's vai
ajudar o país a atrair grandes
fundos de investimento e que
os governos e empresas poderão ter acesso a recursos externos a encargos mais baixos.
"Foi uma notícia fabulosa."
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