A Microsoft tem uma nova estratégia para pressionar Jerry Yang, principal executivo do Yahoo! a aceitar sua oferta de compra. Há duas semanas, foi concluída a fusão com a Fast, uma empresa especializada em buscas pela internet, adquirida por US$ 1,2 bilhão.
Em entrevista à Folha, o vice-presidente mundial da Fast, Zia Zaman, afirmou que, embora o forte da companhia sejam as buscas pela internet para grandes corporações, a Fast está pronta para desenvolver um mecanismo próprio para competir com o Google. "Temos como lançar uma ferramenta de qualidade superior à da concorrência," diz Zaman.
Geraldo Maroniene, vice-presidente da Fast para a América Latina, informa que faz parte da estratégia da Microsoft usar essa "vantagem" na hora de negociar com o Yahoo!. "Se eles não fecharem, podemos criar uma solução caseira", diz o executivo.
Para Maroniene, embora o Google e o próprio Yahoo! tenham ferramentas que consagraram a busca como plataforma de desenvolvimento tecnológico, ambas possuem limitações que podem ser superadas.
Uma delas seria a generalização das buscas. O inglês na Austrália, por exemplo, possui particularidades que não são consideradas pelo Google. Um exemplo é a palavra "bush".
Quem digitar essa palavra no Google encontrará páginas relacionadas ao presidente americano George W. Bush ou sinônimos para "arbusto", significado da palavra em inglês.
"Só que no inglês australiano "bush" se refere a coisas que são "interioranas", próprias do estilo Crocodilo Dundee", diz Maroniene. "Vamos aproximar as buscas do cotidiano das pessoas, porque sabemos que 90% das pesquisas realizadas em sites de busca na internet se referem ao cotidiano das pessoas."
No início de maio, o Yahoo! recusou proposta da Microsoft de US$ 47,5 bilhões, o equivalente a US$ 33 por ação do Yahoo!. Hoje as ações da empresa de Yang estão sendo negociadas por cerca de US$ 27. O mínimo definido por Yang para fechar o negócio era de US$ 37 por ação ou US$ 53 bilhões. Sabendo que os acionistas fechariam por US$ 33, a Microsoft retirou a oferta. Mas, de lá para cá, as disputas internas no Yahoo! colaboraram com a Microsoft, que voltou a negociar.
Um dos principais investidores do Yahoo!, Carl Icahn, pressionou Yang, ameaçando afastar os diretores do conselho de acionistas que estão do seu lado, caso a proposta de US$ 47,5 bilhões não seja aceita. Icahn disse querer o controle do conselho para definir a transação.

TRANSMISSÃO FEDERAL
A Intelig Telecom começa a focar em prestação de serviço de transmissão de dados para o governo federal. No primeiro trimestre, o setor representou 15% do total das vendas. A empresa fechou contratos, no total de R$ 42 milhões, com Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Serpro, ANS e Ipea no período. "A Intelig ficou fora do mercado de governo de 2005 a 2007 e a estratégia agora é entrar forte no negócio com o governo federal", diz Alexandre Torres, vice-presidente de marketing e vendas da empresa, que vai disputar todas as licitações federais para oferecer rede de transmissão de dados. Nos próximos meses, cerca de R$ 100 milhões em contratos com empresas da União entrarão em disputa.

TONELADA
A Viapol, que fabrica mantas asfálticas para impermeabilização e produtos químicos à base de cimento, vai abrir sua segunda unidade no país, em Lauro de Freitas (BA), onde funciona o centro de distribuição da empresa. "Pretendemos chegar mais perto do cliente e reduzir o custo dos produtos", diz Ariovaldo Torelli, diretor-comercial e industrial da Viapol. Na fábrica em Caçapava (SP), a empresa quer aumentar a produção com a instalação de uma nova máquina e investimentos de R$ 6 milhões.

NO ORIENTE MÉDIO
A convite do Banco de Desenvolvimento Islâmico, Alessandro Teixeira, da Apex-Brasil, abre hoje, em Jeda, na Arábia Saudita, encontro que reúne bancos que financiam a produção de petróleo no Oriente Médio. Teixeira estará à frente do seminário como presidente recém-eleito da Waipa, que congrega agências de investimento de 156 países.

EM DOBRO
A rede de pagamentos e serviços a clientes da CPFL dobrou de tamanho nos últimos 12 meses. A CPFL Total atingiu 850 postos.

MANAUS
A Sadia iniciou as obras de ampliação de seu centro de distribuição em Manaus, com investimento de R$ 10 milhões.