São Paulo, domingo, 02 de julho de 2006

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Ministro do STJ descarta "avalanche de processos'

DA REPORTAGEM LOCAL

Autor da proposta que inclui o crime organizado nas varas especializadas em crimes financeiros, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Gilson Dipp disse que as ressalvas feitas à mudança eram esperadas, pois "há uma tendência em criticar as novidades".
Ele afirmou que, originalmente, a proposta foi feita pela CPI do Tráfico de Armas. "Há uma crise de segurança pública no país e nós temos a faca e o queijo na mão: as varas especializadas em lavagem de dinheiro. Não há crime organizado sem lavagem de dinheiro."
Segundo ele, essas varas foram escolhidas por serem a vanguarda do direito penal em tecnologia e qualificação dos juízes. "Os processos ganharão em qualidade e celeridade."
Para Dipp, não há riscos de sobrecarga de trabalho: "Não deve haver uma avalanche de processos contra organizações criminosas porque não há tanta organização assim no Brasil."
Crimes como os praticados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) não seriam contemplados por essas varas porque são de competência estadual. Mas há uma recomendação para que Justiça estadual crie varas especializadas.
Na opinião de Dipp, o maior problema de crime organizado na esfera federal é a corrupção, seguida pelos doleiros. (MCC)


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