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Metalúrgicos acampam em frente do BNDES
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
A ajuda governamental à instalação da Ford na Bahia levou 350
funcionários de duas empresas
paulistas em dificuldades financeiras a acampar em frente ao BNDES
(Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), no
centro do Rio.
Os empregados das metalúrgicas
Nardini S/A e Filtros Logan reivindicam do BNDES um empréstimo
de R$ 9 milhões às empresas, que,
segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, estão
em situação pré-falimentar.
"Se o governo empresta dinheiro
para os banqueiros saírem do buraco e empresta R$ 700 milhões
para a Ford, que é uma multinacional, tem a obrigação de ajudar outras empresas que estão em dificuldades e que geram empregos."
O acampamento começou a ser
montado na noite de anteontem.
Os manifestantes vieram de São
Paulo com cerca de 300 colchões,
barracas e comida.
Até dois tornos computadorizados foram instalados na frente do
BNDES. Hoje, está prevista uma
"sardinhada" no local.
Os funcionários acampados dizem estar dispostos a ficar na porta
do BNDES até a liberação de uma
ajuda às empresas.
Ontem de manhã, Pereira da Silva e outros dirigentes sindicais estiveram reunidos com o vice-presidente do BNDES, José Mauro
Carneiro da Cunha.
O BNDES marcou uma nova reunião para hoje de manhã. Os manifestantes prometem desmontar o
acampamento caso a possibilidade
de ajuda se efetive.
A Nardini fica em Americana (cidade a 133 km de SP). Ela emprega
700 metalúrgicos, que fabricam
130 tornos computadorizados por
mês. Segundo a Força Sindical,
70% da produção é exportada.
Especializada em filtros industriais, a Logan funciona em São
Paulo e tem 300 funcionários.
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