São Paulo, Sexta-feira, 02 de Julho de 1999
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CINCO ANOS DEPOIS
Para FHC, economia apresenta "sinais de vitalidade extraordinários"
"O povo é a verdadeira âncora do real", afirma presidente

da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso, em solenidade que marcou ontem o quinto aniversário do Plano Real, reafirmou que o "povo" é a verdadeira âncora da moeda e disse esperar que, no fim deste ano, o ritmo da atividade econômica projete um crescimento de 4% para o ano que vem.
FHC afirmou que, seis meses depois da última crise econômica que atingiu o Brasil, a economia apresenta "sinais de vitalidade extraordinários". Ele anunciou uma mudança no perfil de governar, ao dizer que, a partir de agora, vai dedicar seu dia-a-dia às "funções da gestão empreendedora", para criar condições para o desenvolvimento sustentável.
Segundo o presidente, há o que comemorar no quinto aniversário da moeda, mas há também "preocupações", "deficiências" e "dificuldades".
"Ninguém pode negar que falta muito a fazer", disse. "Podemos ter todas as críticas, só não podemos perder as esperanças. Esse povo -não digo que ele viva de esperança- se motiva com a esperança."
FHC afirmou que não está satisfeito com o valor do salário mínimo (R$ 136). Disse querer aumentá-lo em um "futuro que não seja a perder de vista".
O presidente afirmou que, apesar de os dados atuais apontarem para uma recessão de 1% neste ano, o governo vai se esforçar para que 99 registre crescimento econômico.
O presidente FHC criticou os que chamou de "coveiros" do Plano Real. "Neste quinto aniversário do Real, (...) esse plano (...) passou pela prova dos nove, depois que seu enterro foi anunciado muitas vezes. Não faltaram os coveiros, não faltaram os que condenaram o Real à morte prematura."


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