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De olho no vizinho, dólar dispara a R$ 2,50
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores iniciaram os negócios no mercado de câmbio
pessimistas, à espera da confirmação de queda na arrecadação
do governo argentino. Vendido
em alta em todos os negócios do
dia, o dólar voltou a fechar acima
de R$ 2,50, patamar que não alcançava há duas semanas.
O mercado rapidamente foi
contaminado pelo crescente mau
humor. O temor de que a Argentina não consiga suportar a crise
por muito tempo e entre em "default" (calote) fez empresas e instituições financeiras aumentarem
a procura por "hedge" (proteção
contra oscilações da moeda).
Com isso, o dólar bateu no início da tarde em R$ 2,514 (alta de
1,8%), mas recuou um pouco para
encerrar o dia em 2,502, com valorização de 1,3%. Somente nesta
semana, a moeda norte-americana acumula alta de 2%.
Nem a informação de que a Argentina conseguiu trocar Letras
do Tesouro (Letes) com bancos
não aliviou o mercado.
O Banco Central marcou presença no mercado de câmbio,
mantendo sua programação de
intervenções lineares por meio da
venda de aproximadamente US$
50 milhões.
"O mercado vai continuar trabalhando tendo como principal
foco a Argentina", diz a economista do Santander Camila Lima.
Os papéis da dívida brasileira,
os C-Bonds, recuperaram parte
das perdas no fim do dia, mas fecharam em queda de 0,2%, vendidos a US$ 0,7063. No ano, a baixa
dos C-Bonds é de 8,7%.
Já a Bovespa continuou parada,
mesmo com o dia negativo. Com
queda de 0,08%, o pregão girou
R$ 570 milhões.
"A Bolsa não tem despencado
devido à ausência de compradores e vendedores. Não têm entrado recursos novos há algum tempo", afirma Michel Campanella,
da corretora Socopa.
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