|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VAREJO
Desembargador aceita liminar contra falência, mas rede ainda corre risco
Lojas Arapuã devem reabrir hoje
DA REPORTAGEM LOCAL
As lojas Arapuã devem reabrir as portas hoje. O desembargador Silvio Marques, do Tribunal de Justiça de São Paulo, aceitou o pedido de liminar contra a falência
da rede varejista.
Ou seja, as lojas podem operar.
Isso não quer dizer que a empresa está livre da possibilidade de ter
de fechar as portas de forma definitiva. Ainda será julgado um recurso dos advogados -contra a
decisão da Justiça- que aponta a
Arapuã como uma rede falida.
A decretação da falência da cadeia foi anunciada na tarde de
quarta-feira. O juiz Rodrigo Colombini determinou o fechamento das lojas porque a companhia,
que era concordatária e tinha um
prazo de dois anos para colocar as
contas em ordem, não conseguiu
pagar seus credores.
Ontem, em determinação que
limitou-se a uma página, o relator
Silvio Marques diz que não faria
sentido manter os pontos fechados. "Seria até leviandade de minha parte negar o efeito suspensivo permitindo o fechamento de
centenas de lojas e a dispensa de
milhares de empregados sem antes examinar todos os aspectos de
um volumoso processo", informa. A rede tem 109 pontos e 2.000
empregados.
Não está afastada a possibilidade de que a empresa ainda venha
a falir, já que o julgamento final
não ocorreu. A empresa tinha
dois anos (de 98 a 2000), para pagar suas dívidas de R$ 1 bilhão. A
maior parte não foi paga.
A próxima etapa dessa disputa
na Justiça envolverá a empresa
Evadin. Ela foi determinada, no
processo de decretação de falência assinado por Colombini, o síndico da massa falida, (que deve
administrar o processo de falência). Mas os advogados da rede
são contra a decisão. A Arapuã
deve R$ 120 milhões à Evadin e
nada foi pago.
Funcionários das lojas Arapuã
fizeram ontem um ato em frente à
praça João Mendes, na região
central em São Paulo, em protesto
o fim da cadeia. O vice-presidente
do Sindicato dos Comerciários de
São Paulo, Ricardo Patah, afirmou que a Evadin tem um passivo trabalhista com seus empregados referente à reposição salarial
de 22% relativa ao Plano Collor
-a ação foi ganha no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
O sindicato deve executá-la em
breve. "Já na Arapuã os salários
estão em dia, e não há nenhuma
dívida trabalhista", disse Patah.
(ADRIANA MATTOS)
Colaborou Cláudia Rolli,
da Reportagem Local
Texto Anterior: Opinião Econômica - Luiz Carlos Mendonça de Barros: Ciro Gomes e a economia Próximo Texto: Expurgos: CEF já pagou R$ 2,9 bi de correção do FGTS Índice
|