São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2008

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Petrobras transfere para a BA operações financeiras

Gabrielli é do Estado; empresa nega fator político na escolha

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras decidiu instalar um centro que transferirá a maior parte de suas operações financeiras para Salvador. A Bahia é o Estado de origem do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, e governado pelo petista Jaques Wagner.
Batizada de Centro de Operações Financeiras da Petrobras, a unidade concentrará todas as atividades operacionais dessa área em um mesmo local, cuidando "dos processos transacionais" do setor de contabilidade, do financeiro e do tributário, segundo a estatal. A diretoria e as gerências desses setores permanecerão instaladas na sede da empresa, no Rio.
A companhia nega que a escolha de Salvador tenha relação com o fato de o presidente da empresa ser baiano -filiado ao PT, Gabrielli já disputou o governo do Estado, mas diz atualmente que não se candidatará mais a cargo eletivo.
Trata-se de uma tendência na indústria do petróleo e em outros setores a de concentrar suas atividades financeiras num único local, com o objetivo de reduzir custos e simplificar tarefas, de acordo com a estatal.
Segundo a Petrobras, foram realizadas pesquisas para definir a localização do novo centro, que começou a funcionar no último dia 7. A estatal investigou disponibilidade de moradia, custo e qualidade de vida de algumas cidades e fez uma votação entre funcionários para saber qual local era o preferido. Salvador foi a cidade mais lembrada, entre Vitória, São Paulo, Macaé, Natal, Aracaju e Manaus -municípios onde a companhia já tem unidades administrativas.
De acordo com o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, todos esses pontos foram considerados antes de a empresa escolher Salvador para montar o novo centro.
Na capital baiana, todas as operações de contas a pagar e receber e cobrança, entre outras atividades -hoje dispersas em várias áreas da companhia-, serão centralizadas.
Para abrigar o centro, a estatal alugou um edifício de 11 andares na Pituba, bairro nobre de Salvador. Alguns funcionários se mudaram para a capital baiana. A expectativa é que até o final do ano 200 pessoas estejam trabalhando no local.
Com o crescimento das atividades da companhia, a previsão é que o efetivo chegue a 600 funcionários.
A estatal informou que a mudança dos funcionários foi voluntária. Ninguém foi obrigado a migrar para a cidade. Os que preferiram ficar no Rio serão aproveitados em outras áreas. Para preencher todas as vagas, a estatal irá contratar mão-de-obra local.


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