São Paulo, terça-feira, 02 de setembro de 2003 |
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ESTRATÉGIA Com orçamento anual de R$ 35 mi, sindicato incorpora alegorias a manifestações salariais Bancários "carnavalizam" manifestações
CLAUDIA ROLLI DA REPORTAGEM LOCAL Os bancários buscaram inspiração nos sete mares e recorreram à ajuda de um carnavalesco paulista para ajudá-los nas negociações salariais deste ano. Lafaiette Oliveira Lima, 47, diretor da escola de samba Mocidade Alegre, coordenou o projeto: a fabricação de um tubarão de oito metros de comprimento, de peixes e de dois "mares", com dez metros de comprimento por três metros de largura. Segundo os sindicalistas, peixes simbolizariam os bancários. O tubarão, os banqueiros. Há 18 anos na escola, Lima conta que essa foi a primeira vez em que confeccionou alegorias para uma entidade sindical. "E já rendeu frutos. Fui procurado por outro sindicato", diz. O sindicato forneceu a idéia e os R$ 6.000 que teriam sido necessários para a confecção das alegorias de espuma e ferragens, além do pagamento do frete e da mão-de-obra dos envolvidos no projeto. Vice-campeã deste ano, a Mocidade também buscou inspiração nos sete mares, com um tema sobre os orixás das águas. O tubarão dos bancários vai continuar desfilando pelas ruas de São Paulo. Não houve acordo ontem nas negociações entre patrões e empregados. Representantes dos bancos aumentaram de 9% para 10% a contraproposta de reajuste, além de oferecer abono de R$ 1.320. "Não queremos abono. Queremos 18% de reajuste", diz o presidente do sindicato, João Vaccari Neto. Cerca de 4.000 bancários de setores administrativos do Sudameris pararam as atividades ontem porque o banco não pagou o programa de participação nos resultados. Procurado, o Sudameris não respondeu até o fechamento desta edição. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Panorâmica - Crise no ar: Varig renegocia dívida com BB e GE e adere ao Refis Índice |
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