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Odebrecht toca planejamento antes de leilão
DO ENVIADO A RONDÔNIA
Em Rondônia, não existe até agora nenhum sinal
de concorrência para o leilão que deve definir, nos
próximos meses, o vencedor da licitação para a
construção das usinas de
Santo Antônio e Jirau, no
rio Madeira.
Entre os moradores e
demais afetados pela obra,
é o consórcio Odebrecht/
Furnas quem vem realizando contatos e organizando reuniões para tratar
dos deslocamentos que serão provocados pelas duas
obras -que serão, provavelmente, as maiores do
governo Lula.
Sérgio Leão, diretor de
Meio Ambiente da Odebrecht (privada), afirma
que foi firmado em abril de
2006 contrato com as autoridades federais para
que, com Furnas (estatal),
a empresa começasse as
prospecções no local tanto
para realizar a obra quanto
para o deslocamento das
famílias.
Todo o trabalho tem um
custo (ainda não totalizado), que será reembolsado
ao consórcio caso perca o
leilão.
Procurada pela Folha, a
Camargo Corrêa, principal concorrente de Odebrecht/Furnas, não quis
se pronunciar.
Há pouco, a Odebrecht
disse considerar "quebra
explícita de contrato" a
possibilidade de Furnas
eventualmente não participar do leilão das usinas
hidrelétricas e de a Eletrobrás, controladora de Furnas, vir a se associar a outra empresa privada que
venha a vencer a licitação.
Mais de 60 reuniões já
foram realizadas com a
população para tratar de
remoções e indenizações.
O projeto, de R$ 28 bilhões, prevê gastos de cerca de R$ 250 milhões para
a compra de terrenos, remoção das famílias e realização de benfeitorias.
Leão afirma que a prioridade da empresa, caso
vença o leilão, será utilizar
o máximo da mão-de-obra
local disponível.
"Se vencermos, a nossa
primeira tarefa será o treinamento desse pessoal local", afirma.
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