São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Odebrecht toca planejamento antes de leilão

DO ENVIADO A RONDÔNIA

Em Rondônia, não existe até agora nenhum sinal de concorrência para o leilão que deve definir, nos próximos meses, o vencedor da licitação para a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira.
Entre os moradores e demais afetados pela obra, é o consórcio Odebrecht/ Furnas quem vem realizando contatos e organizando reuniões para tratar dos deslocamentos que serão provocados pelas duas obras -que serão, provavelmente, as maiores do governo Lula.
Sérgio Leão, diretor de Meio Ambiente da Odebrecht (privada), afirma que foi firmado em abril de 2006 contrato com as autoridades federais para que, com Furnas (estatal), a empresa começasse as prospecções no local tanto para realizar a obra quanto para o deslocamento das famílias.
Todo o trabalho tem um custo (ainda não totalizado), que será reembolsado ao consórcio caso perca o leilão.
Procurada pela Folha, a Camargo Corrêa, principal concorrente de Odebrecht/Furnas, não quis se pronunciar.
Há pouco, a Odebrecht disse considerar "quebra explícita de contrato" a possibilidade de Furnas eventualmente não participar do leilão das usinas hidrelétricas e de a Eletrobrás, controladora de Furnas, vir a se associar a outra empresa privada que venha a vencer a licitação.
Mais de 60 reuniões já foram realizadas com a população para tratar de remoções e indenizações.
O projeto, de R$ 28 bilhões, prevê gastos de cerca de R$ 250 milhões para a compra de terrenos, remoção das famílias e realização de benfeitorias.
Leão afirma que a prioridade da empresa, caso vença o leilão, será utilizar o máximo da mão-de-obra local disponível.
"Se vencermos, a nossa primeira tarefa será o treinamento desse pessoal local", afirma.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Plantio de cana avança no Norte do país
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.