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Femsa negocia venda de divisão de cerveja, diz jornal
Negócio pode sair por US$ 9 bilhões; discussão acontece em momento de consolidação do setor
DA REDAÇÃO
A Femsa, a gigante mexicana
de bebidas e que tem forte presença na América Latina (inclusive no Brasil), está negociando a venda da sua unidade
de cerveja com a britânica SABMiller e a holandesa Heineken,
diz o "Financial Times". Segundo o "Wall Street Journal", a
negociação é uma fusão e pode
chegar a US$ 9 bilhões.
A intenção da empresa, diz o
"Financial Times", é priorizar
as suas operações com a Coca-Cola, da qual ela é a maior engarrafadora na América Latina.
A divisão do refrigerante é uma
das que crescem mais rapidamente: ela teve um aumento de
30,4% no faturamento no segundo trimestre deste ano, ante um avanço de 6,7% da unidade de cervejas.
As negociações, que estariam
ainda em estágio inicial, foram
confirmadas ontem pela Femsa em nota. Ela disse que está
"em discussões com várias partes para explorar oportunidades no negócio de cerveja. No
entanto, não há garantias de
que essas discussões vão levar a
um acordo definitivo".
Com o anúncio oficial, foram
suspensas na tarde de ontem as
negociações das ações da empresa na Bolsa do México. Até
então, um dos papéis acumulava alta de 12,5%.
O possível acordo acontece
em um momento em que o
mercado global está cada vez
mais consolidado -processo
que foi ainda mais acentuado
no ano passado com a compra
por US$ 52 bilhões da americana Anheuser-Busch pela belgo-brasileira InBev.
Com o negócio, Heineken ou
SABMiller entraria com força
no mercado mexicano, um dos
principais do mundo e que é basicamente dividido entre a
Femsa e a Modelo (que foi adquirida pela InBev no mesmo
acordo com a Anheuser-Busch). E a competição com a
InBev também se estenderia ao
Brasil, onde a primeira é dominante e a Femsa distribui marcas como Kaiser, Sol e Bavaria.
"O mundo da cerveja está se
consolidando entre os "players"
globais", disse ao "Financial Times" uma das pessoas com conhecimento das negociações.
"Agora, a InBev basicamente
controla a Modelo, a principal
competidora [da Femsa]. Existiam companhias cervejeiras
familiares, mas, uma a uma,
elas foram caindo."
No ano passado, a InBev,
com o negócio com a Anheuser-Busch, retomou o posto de
maior fabricante mundial de
cerveja (ela responde por cerca
de 25% da produção global),
que tinha perdido em 2007 para a SABMiller.
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