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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa fecha em alta de 0,96%; com feriado e eleições nos EUA, pregão registra poucos negócios
Recuo do preço do petróleo anima Bolsas
DA REPORTAGEM LOCAL
A véspera do feriado de Finados
no Brasil e a expectativa em relação às eleições nos Estados Unidos fizeram de ontem um dia apático no mercado financeiro, de
pregões esvaziados e poucas oscilações. A queda do petróleo no
mercado internacional ajudou a
fazer com que as principais Bolsas
de Valores -entre elas a brasileira- fechassem em alta.
A Bovespa movimentou apenas
R$ 421 milhões ontem. Em outubro, o giro financeiro diário ficou,
na média, em R$ 1,37 bilhão. Esse
foi o mais fraco movimento em
um pregão desde outra véspera de
feirado, no dia 6 de setembro,
quando o giro ficou em R$ 247,5
milhões.
O Ibovespa, principal índice do
mercado acionário doméstico, fechou com alta de 0,96%.
As ações ordinárias da Sabesp,
da qual o governo vendeu 18,5%
do capital na sexta-feira, lideraram as altas e encerraram o dia
com valorização de 5,44%.
No mercado de câmbio, muitos
operadores nem trabalharam ontem. O dólar fechou em pequena
baixa de 0,17%, a R$ 2,85.
O Banco Central anunciou que
vai resgatar toda a dívida de US$
656 milhões que vai vencer na
próxima semana.
Sem sinais de pressão no câmbio, o BC não tem encontrado
motivos para renovar as parcelas
de sua dívida cambial que têm
vencido. Quando há muitos interessados em comprar dólares, o
normal é o BC oferecer mais títulos cambiais, como forma de minimizar os efeitos da demanda sobre o valor da moeda.
No atual cenário, o Banco Central tem aproveitado para resgatar
os títulos cambiais e diminuir a
parcela de sua dívida atrelada à
oscilação do dólar.
Na quarta-feira, quando o mercado retornar do feriado, o BC
apresentará o resultado de seu último boletim Focus. Analistas
aguardam que o levantamento
feito com as instituições financeiras apresente novidades em relação às expectativas de inflação, especialmente a de 2005.
Não será uma boa notícia se ficar registrado que as instituições
não estão revisando para baixo
suas expectativas.
Um dos motivos que levaram o
BC a adotar sua atual política monetária -no mês passado os juros foram elevados de 16,25% para 16,75%- é exatamente a insistente pressão sobre as expectativas futuras de inflação.
(FABRICIO VIEIRA)
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