DA REDAÇÃO

Novos indicadores divulgados ontem reforçaram o cenário de expansão da economia norte-americana. A atividade industrial alcançou seu maior ritmo em 20 anos, e as empresas do setor contrataram pela primeira vez depois de 37 meses, segundo o ISM (Instituto de Gerenciamento de Oferta, na sigla em inglês).
O índice de atividade industrial chegou aos 62,8 pontos em novembro, a quinta alta consecutiva e 5,8 pontos a mais do que no mês anterior. O valor, que superou as previsões, em torno de 59 pontos, dos analistas americanos, é o maior desde dezembro de 1983.
De acordo com a metodologia do ISM, quando o índice fica acima dos 50 pontos, há expansão na atividade, e abaixo, retração.
A alta influenciou as Bolsas do país, e o índice Dow Jones subiu ao maior patamar em 18 meses.
"As indicações são de que o setor industrial encerrará o ano com um grau muito positivo, e os índices sustentam o crescimento para 2004", disse Norbert Ore, chefe do comitê da pesquisa.
O emprego no setor subiu 3,3 pontos ante outubro, para 51 pontos. Segundo analistas, o índice do ISM é um sinal de que as empresas do país podem ter criado mais do que os 135 mil postos de trabalho estimados para novembro -em outubro, o número de vagas criadas ficou em 126 mil. O governo norte-americano divulga na sexta esse indicador.
Indicadores do governo também confirmaram a expansão da economia. Os gastos com construção civil subiram 0,9%.
O valor dos projetos de construção cresceu para uma taxa anualizada de US$ 922 bilhões em outubro, segundo o Departamento do Comércio. Em setembro, os gastos foram de US$ 913,5 bilhões.
Os dados de ontem podem indicar que o crescimento da economia dos EUA pode não perder ritmo tão rapidamente como alertavam alguns economistas.
Na semana passada, o governo divulgou que o PIB cresceu a um ritmo anualizado de 8,2% no terceiro trimestre, o mais alto desde os três primeiros meses de 1984.