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Ata do BC dos EUA sinaliza novo corte nos juros
Fed diz que é preciso ficar
"extraordinariamente" alerta
DA REDAÇÃO
O Fed (Federal Reserve, o
banco central dos Estados Unidos) sinalizou que, mesmo após
o corte na reunião do mês passado, não estão descartadas novas reduções na taxa de juros
básica americana, com os problemas nos mercados imobiliários e financeiro continuando a
afetar a economia do país.
Os integrantes do BC dos Estados Unidos "concordaram
que é preciso continuar extraordinariamente alertas aos
desenvolvimentos econômicos
e financeiros e seus efeitos no
cenário, e os membros estarão
preparados para ajustar a postura caso piorem as perspectivas para o crescimento econômico ou para a inflação", afirma
a ata da reunião do Fed do dia 11
de dezembro.
Na última reunião do ano
passado, o organismo cortou os
juros pelo terceiro encontro
consecutivo, em 0,25 ponto
percentual, para 4,25%, em
uma tentativa de impedir que a
principal economia mundial
entre em recessão. Além disso,
o Fed reduziu em 0,25 ponto,
para 4,75%, o juro de redesconto, que é a taxa cobrada pela
instituição para emprestar dinheiro aos bancos comerciais.
Na nota divulgada logo após o
encontro de dezembro, o BC
dos EUA já apontava para um
novo corte nos juros na próxima reunião, marcada para 29 e
30 deste mês.
De acordo com a ata divulgada ontem, os membros do Fed
consideram que as correções
no setor imobiliário devem ser
mais profundas e prolongadas
do que imaginavam em outubro, quando foi realizada a reunião anterior. Eles disseram
ainda que o PIB dos EUA deve
ficar "notavelmente" abaixo do
seu potencial neste ano.
Setor industrial
A atividade industrial nos
EUA sofreu no mês passado sua
maior retração em quase cinco
anos, aumentando as expectativa de novo corte de juros pelo
Fed. O índice do instituto ISM
caiu para 47,7 pontos em dezembro -em novembro, ele
havia ficado em 50,8 pontos.
O índice caiu por seis meses
consecutivos, a mais longa série de quedas desde 2001. Desde janeiro de 2007, ele não ficava abaixo dos 50 pontos.
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