São Paulo, terça-feira, 03 de fevereiro de 2004

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Brasil volta a ter superávit com os argentinos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Desde 1995 o Brasil acumulava déficits comerciais seguidos com a Argentina. A tendência, no entanto, se inverteu desde meados do ano passado. Entre junho de 2003 e janeiro deste ano, o país obteve um superávit de US$ 480 milhões com a Argentina, um fato inédito desde o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998).
Até 1994, ano de criação do real, o Brasil costumava vender mais para a Argentina do que comprar. Naquele ano, o saldo foi favorável para Brasil em US$ 473,9 milhões.
A partir de 1995, o país começou acumular déficit com o parceiro do Mercosul. O resultado mais desfavorável para o Brasil foi em 2002, auge da crise argentina, quando o déficit chegou a US$ 2,4 bilhões. Déficits acima de US$ 1 bilhão foram comuns até 2002.
No ano passado, mesmo com o avanço a partir de junho, o país teve um déficit de US$ 112,1 milhões. Em 2004 o saldo é positivo em US$ 56 milhões.
Com a crise argentina em 2002, o vizinho brasileiro que era o segundo maior destino das exportações do país caiu para sexto lugar. Desde então, houve uma recuperação das vendas para o sócio do Mercosul, que no ano passado acabou na terceira posição, atrás apenas de EUA e China.
Neste ano, a Argentina começou o ano à frente da China. Em janeiro, as vendas para o vizinho cresceram 103,6%, em relação ao mesmo mês de 2003- para China, subiram 92,1%.
As importações brasileiras da Argentina, no entanto, estão em queda. Caíram 1,48% em 2003 e começaram 2004 em queda de 4,8%. Uma das razões para a redução dos déficit com a Argentina é a redução nas compras de petróleo.


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