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Brasil volta a ter superávit com os argentinos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Desde 1995 o Brasil acumulava déficits comerciais seguidos
com a Argentina. A tendência,
no entanto, se inverteu desde
meados do ano passado. Entre
junho de 2003 e janeiro deste
ano, o país obteve um superávit
de US$ 480 milhões com a Argentina, um fato inédito desde
o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso
(1995-1998).
Até 1994, ano de criação do
real, o Brasil costumava vender
mais para a Argentina do que
comprar. Naquele ano, o saldo
foi favorável para Brasil em
US$ 473,9 milhões.
A partir de 1995, o país começou acumular déficit com o
parceiro do Mercosul. O resultado mais desfavorável para o
Brasil foi em 2002, auge da crise
argentina, quando o déficit
chegou a US$ 2,4 bilhões. Déficits acima de US$ 1 bilhão foram comuns até 2002.
No ano passado, mesmo com
o avanço a partir de junho, o
país teve um déficit de US$
112,1 milhões. Em 2004 o saldo
é positivo em US$ 56 milhões.
Com a crise argentina em
2002, o vizinho brasileiro que
era o segundo maior destino
das exportações do país caiu
para sexto lugar. Desde então,
houve uma recuperação das
vendas para o sócio do Mercosul, que no ano passado acabou
na terceira posição, atrás apenas de EUA e China.
Neste ano, a Argentina começou o ano à frente da China. Em
janeiro, as vendas para o vizinho cresceram 103,6%, em relação ao mesmo mês de 2003-
para China, subiram 92,1%.
As importações brasileiras da
Argentina, no entanto, estão
em queda. Caíram 1,48% em
2003 e começaram 2004 em
queda de 4,8%. Uma das razões
para a redução dos déficit com
a Argentina é a redução nas
compras de petróleo.
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