São Paulo, sexta-feira, 03 de março de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para Amadeo, há como manter preço

da Sucursal de Brasília

O governo conta com a estabilização da taxa de câmbio para evitar novos aumentos nos preços dos combustíveis, segundo o secretário de Política Econômica, Edward Amadeo, do Ministério da Fazenda.
De acordo com ele, o reajuste que entrou em vigor anteontem foi autorizado com base em uma cotação do dólar de R$ 1,80. O câmbio influencia o aumento do combustível porque o governo importa cerca de 30% do óleo consumido.
"Existe alguma folga para compensar possíveis aumentos do petróleo, já que US$ 1 está custando cerca de R$ 1,76", disse Amadeo. Segundo ele, os cálculos feitos pelo governo no último aumento pressupunham que o barril de petróleo tivesse um custo médio de US$ 24 neste ano.
A estimativa considerou as cotações dos contratos futuros, nos quais o produto é negociado antecipadamente com base em expectativas do mercado sobre o preço.
Mas, desde que as contas foram feitas, o mercado futuro já sofreu novas pressões. A cotação do petróleo para abril já chegou aos US$ 32. Nos meses seguintes o preço deve cair devido ao fim do inverno no Hemisfério Norte, o que reduz o consumo. Amadeo negou que essas novas pressões deixem o governo sem a alternativa de elevar mais uma vez o preço do combustível. "Não (haverá aumento) necessariamente."
Ele reconheceu que o aumento de 7% nas refinarias para a gasolina e o diesel é insuficiente para que o governo arrecade os R$ 3,5 bilhões inicialmente previstos na conta-petróleo, que reflete a diferença entre os gastos da Petrobras com a importação de petróleo e a venda de derivados do produto no mercado interno. Mas, segundo Amadeo, "sempre há possibilidade de acomodação" nas contas.


Texto Anterior: Combustíveis: Governo quer punir posto que reajustou acima de 5%
Próximo Texto: Luís Nassif: O "auxílio-moradia" e a isonomia
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.