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Para Amadeo, há como manter preço
da Sucursal de Brasília
O governo conta com a estabilização da taxa de câmbio para evitar novos aumentos nos preços
dos combustíveis, segundo o secretário de Política Econômica,
Edward Amadeo, do Ministério
da Fazenda.
De acordo com ele, o reajuste
que entrou em vigor anteontem
foi autorizado com base em uma
cotação do dólar de R$ 1,80. O
câmbio influencia o aumento do
combustível porque o governo
importa cerca de 30% do óleo
consumido.
"Existe alguma folga para compensar possíveis aumentos do petróleo, já que US$ 1 está custando
cerca de R$ 1,76", disse Amadeo.
Segundo ele, os cálculos feitos pelo governo no último aumento
pressupunham que o barril de petróleo tivesse um custo médio de
US$ 24 neste ano.
A estimativa considerou as cotações dos contratos futuros, nos
quais o produto é negociado antecipadamente com base em expectativas do mercado sobre o preço.
Mas, desde que as contas foram
feitas, o mercado futuro já sofreu
novas pressões. A cotação do petróleo para abril já chegou aos
US$ 32. Nos meses seguintes o
preço deve cair devido ao fim do
inverno no Hemisfério Norte, o
que reduz o consumo. Amadeo
negou que essas novas pressões
deixem o governo sem a alternativa de elevar mais uma vez o preço
do combustível. "Não (haverá aumento) necessariamente."
Ele reconheceu que o aumento
de 7% nas refinarias para a gasolina e o diesel é insuficiente para
que o governo arrecade os R$ 3,5
bilhões inicialmente previstos na
conta-petróleo, que reflete a diferença entre os gastos da Petrobras
com a importação de petróleo e a
venda de derivados do produto
no mercado interno. Mas, segundo Amadeo, "sempre há possibilidade de acomodação" nas contas.
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