São Paulo, sexta-feira, 03 de março de 2000


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INDÚSTRIA NAVAL

Verolme pode ressurgir com US$ 10 mi

ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio

Símbolo do auge e da derrocada da indústria naval brasileira, o estaleiro Verolme Ishibrás, desativado há cerca de cinco anos, promete ressurgir das cinzas. Foi arrendado pelos grupos Pem Setal (paulista) e Keppel Fels (Cingapura).
A Fels Setal -joint venture da qual o grupo paulista tem 40% e o de Cingapura, 60%- investirá US$ 10 milhões para recuperar o estaleiro.
A empresa arrendou metade das instalações da Verolme, localizadas em Angra dos Reis (a 151 km do Rio) e no Caju, zona portuária do Rio.
O contrato de arrendamento (aluguel) tem validade de 30 anos, renováveis por outros 30. A assinatura foi ontem, em cerimônia concorrida no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado.
Estavam presentes o governador Anthony Garotinho (PDT), o vice-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), José Mauro Carneiro da Cunha, o presidente da Petrobras, Philippe Reichstul, além de sindicalistas, políticos, executivos e empresários.
O governo do Estado foi um dos articuladores das negociações, que começaram em outubro do ano passado. Entre os potenciais candidatos, havia empresas norte-americanas, coreanas, portuguesas e espanholas.
O valor do arrendamento não foi divulgado. Segundo o vice-presidente do grupo Pem Setal, Augusto Mendonça, o custo do aluguel soma uma comissão fixa a uma participação na receita, que varia de acordo com o serviço.
A dívida do estaleiro Verolme, estimada em mais de R$ 500 milhões com o INSS, Banco do Brasil, BNDES e outras instituições financeiras, fica de fora do contrato de arrendamento.
O representante do Verolme na cerimônia, Wellington Pinho, limitou-se a informar que os recursos do arrendamento seriam usados para resolver os problemas financeiros do grupo. O presidente da Verolme é o executivo baiano Nelson Tanure.


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