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MERCADO FINANCEIRO
Autoridade monetária volta a adquirir divisa, que tem alta 2,09% em dois dias; Bolsa avança 1,69%
Com ação do BC, dólar sobe e fecha a R$ 2,64
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar se distanciou mais um
pouco do patamar dos R$ 2,50.
Nos últimos dois dias, a moeda
americana subiu 2,09%. Ontem,
fechou a R$ 2,643.
A alta de 0,95% registrada pela
moeda ontem foi influenciada pelas atuações do Banco Central e o
fortalecimento do dólar no mercado internacional após o pronunciamento do presidente do
Fed (banco central norte-americano), Alan Greenspan.
O BC vendeu 40 mil contratos
do chamado "swap cambial invertido". A negociação desse tipo
de contrato -pelo qual os bancos
pagam a variação do câmbio ao
governo- tem o mesmo efeito de
uma compra de moeda no mercado futuro. Por isso, nos dias em
que são negociados (normalmente às quartas-feiras), o dólar acaba
por subir.
Além do cerca de US$ 1,9 bilhão
movimentado no leilão de
"swap", o Banco Central também
realizou compra de dólares no
mercado à vista.
Cresceu entre os analistas a expectativa de que o dólar se fortaleça acima dos R$ 2,60. Operadores
do mercado de câmbio disseram
que essa aposta aumentou devido
a declarações que o presidente do
BC, Henrique Meirelles, deu a
uma agência internacional de notícias, dando a entender que as
operações com o novo contrato
de "swap" podem continuar por
muito tempo ainda.
Juros pressionados
Na esteira do dólar, as projeções
das taxas de juros subiram na
maioria dos vencimentos na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros). No contrato mais negociado, com resgate na virada do
ano, a taxa foi de 18,76% para
18,83% ao ano.
O reajuste da tarifa de ônibus
em São Paulo deixou o mercado
um pouco mais pessimista em relação ao futuro dos juros. Como o
reajuste se reflete em mais inflação, o Copom (Comitê de Política
Monetária) pode adiar por ainda
mais tempo o início da redução
da taxa básica de juros -que
atualmente está em 18,75%.
Apenas a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve um dia de
ânimo: fechou com valorização
de 1,69%.
A ação ordinária da TIM Participações liderou as altas e subiu
5,01%. Logo atrás ficaram Net PN
(4,76%) e Telemar PNA (4,64%),
fazendo dos papéis do setor de telecomunicações o destaque do
pregão.
(FABRICIO VIEIRA)
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