São Paulo, terça-feira, 03 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Embraer nega proposta de readmissão provisória

BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA

A Embraer rejeitou ontem uma proposta do Ministério Público que previa a reintegração dos 4.200 funcionários demitidos e a criação de uma mesa de negociação coletiva intermediada pela Procuradoria Regional do Trabalho.
De acordo com ata do encontro, os advogados da Embraer disseram preferir deixar a discussão para a audiência de conciliação marcada para quinta-feira, no processo judicial instaurado no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas). Procurada, a empresa não quis comentar a audiência.
Uma liminar concedida pelo TRT na última sexta-feira suspendeu as rescisões formais dos contratos de trabalho até a audiência de conciliação, em que a empresa de aviação terá que justificar tecnicamente as demissões.
Ontem, a Embraer não apresentou nenhuma documentação que justificasse a necessidade de demissão coletiva. Um novo prazo, de 20 dias, foi deferido pelo Ministério Público.
Segundo o procurador do Trabalho Roberto Pinto Ribeiro, que presidiu a audiência, a empresa não poderia ter promovido demissão coletiva sem uma discussão prévia com os representantes dos trabalhadores. Em ata, os advogados da Embraer disseram que a empresa "agiu de acordo com a legislação vigente".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem em São Paulo que as razões para as demissões estão dadas e que o governo precisa viabilizar a venda de aeronaves para a aviação civil brasileira. "Para um leigo, é muito difícil entender porque [as empresas] usam aviões da Boeing e da Airbus e não da Embraer."


Colaborou AGNALDO BRITO , da Reportagem Local


Texto Anterior: Vaivém das commodities
Próximo Texto: Cebit: Maior feira de tecnologia do mundo perde 1.545 expositores
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.