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Embraer nega proposta de readmissão provisória
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA
A Embraer rejeitou ontem
uma proposta do Ministério
Público que previa a reintegração dos 4.200 funcionários demitidos e a criação de uma mesa de negociação coletiva intermediada pela Procuradoria Regional do Trabalho.
De acordo com ata do encontro, os advogados da Embraer
disseram preferir deixar a discussão para a audiência de conciliação marcada para quinta-feira, no processo judicial instaurado no Tribunal Regional
do Trabalho da 15ª Região
(Campinas). Procurada, a empresa não quis comentar a audiência.
Uma liminar concedida pelo
TRT na última sexta-feira suspendeu as rescisões formais
dos contratos de trabalho até a
audiência de conciliação, em
que a empresa de aviação terá
que justificar tecnicamente as
demissões.
Ontem, a Embraer não apresentou nenhuma documentação que justificasse a necessidade de demissão coletiva. Um
novo prazo, de 20 dias, foi deferido pelo Ministério Público.
Segundo o procurador do
Trabalho Roberto Pinto Ribeiro, que presidiu a audiência, a
empresa não poderia ter promovido demissão coletiva sem
uma discussão prévia com os
representantes dos trabalhadores. Em ata, os advogados da
Embraer disseram que a empresa "agiu de acordo com a legislação vigente".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem em São
Paulo que as razões para as demissões estão dadas e que o governo precisa viabilizar a venda
de aeronaves para a aviação civil brasileira. "Para um leigo, é
muito difícil entender porque
[as empresas] usam aviões da
Boeing e da Airbus e não da
Embraer."
Colaborou AGNALDO BRITO ,
da Reportagem Local
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