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Montadoras ampliam investimentos no país
Marcas globais anunciam, em Genebra, planos para conquistar emergentes; chinesa Byd pretende vender no Brasil já neste ano
Indiana Tata deve trazer o Nano a US$ 5.000 em 2011; indústria está de olho no crescimento do Brasil, diz presidente da Renault-Nissan
FABIANO SEVERO
ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA
O Salão de Genebra abriu as
portas ontem com uma cena
rara: centenas de jornalistas invadindo o estande da Toyota
atrás de informações sobre o
maior recall da sua história.
Enquanto isso, fabricantes
emergentes (coreanos, indianos e chineses) anunciavam investimentos no Brasil.
A chinesa Byd pretende exportar seus modelos para o
Brasil ainda neste ano. Segundo Henry Li, gerente-geral de
exportação da Byd, há estudos
de parceria com o grupo Caoa,
que já representa as marcas
Hyundai e Subaru. Li, porém,
afirma que não levará o modelo
F3, uma cópia exata do antigo
Corolla. A aposta será no sedã
G3 e no subcompacto F0. "Vamos investir em carros pequenos, com motores 1.0. Queremos fazer volume no Brasil."
A Tata está um pouco atrás.
Ravi Kant, vice-presidente do
grupo indiano, disse à Folha
que irá vender o Nano no Brasil
em 2011. O Nano, porém, não
custará US$ 2.500, como na Índia. O preço deve chegar ao
equivalente a US$ 5.000, como
ocorre com o Nano Europa. Ele
recebeu equipamentos de segurança e reforço na carroceria
para se adequar às leis locais. O
carro pode ser o mais barato do
país, posto hoje do Fiat Mille.
A coreana Kia também almeja o mercado nacional. Em
2009, suas vendas no país cresceram 24,7% e chegaram a 26
mil unidades. No mundo, foi
uma das poucas montadoras
que não caíram durante a crise.
Aliás, cresceu 20,1% no ano
passado ante 2008.
Daí a pressa em lançar o novo Sportage no mercado brasileiro. Para a Europa, o utilitário
esportivo será feito na Eslováquia e vendido a partir de maio.
Para o Brasil, virá da Coreia do
Sul e chegará até julho.
Segundo ele, o plano de fabricar carros do grupo Hyundai-Kia no Brasil foi suspenso.
Renault
O brasileiro Carlos Ghosn,
presidente do grupo Renault-Nissan, confirmou a venda do
compacto March no Brasil (na
Europa, chama-se Micra). Será
feito em quatro países, entre
eles o México. "O mercado do
Brasil é muito bom. Já vendem
3 milhões de carros por ano e
crescem rapidamente. Por isso
todos estão investindo lá", diz.
Talvez por isso a Mercedes-Benz também esteja querendo
aumentar a produção da ociosa
fábrica de Juiz de Fora (MG),
que já produziu Classe A e hoje
monta cerca de 18 mil CLC por
ano. A planta vai receber a nova
família de carros pequenos da
marca alemã.
O jornalista FABIANO SEVERO
viajou a convite da Mercedes-Benz
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