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Aversão a risco faz estrangeiro tirar R$ 3,4 bi da Bovespa
Bolsa sobe pelo quarto dia seguido; dólar cai a R$ 1,782
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Fundos de investimentos
globais já retiraram neste ano
R$ 3,354 bilhões aplicados em
ações no Brasil, segundo a
BM&FBovepsa. É o segundo
mês seguido de saída de recursos estrangeiros na Bolsa brasileira -em janeiro as retiradas
somaram R$ 1,254 bilhão, e em
fevereiro, R$ 2,099 bilhões.
A saída do investidor estrangeiro, que comandou a alta de
82,7% da Bolsa no ano passado,
segue a instabilidade nos mercados com o endividamento no
sul da Europa e as dificuldades
enfrentadas pelo governo Barack Obama para aprovar reformas no Congresso dos EUA.
Para analistas, o investidor
estrangeiro também procura
reduzir sua exposição ao Brasil,
país que teve a maior valorização em 2009 no mercado acionário global. No ano passado, a
Bolsa brasileira subiu 145% em
dólares e teve entrada recorde
de R$ 20,45 bilhões em recursos de não residentes. Neste
ano, a baixa do Ibovespa em dólares já chega a 3,41% -1,18%
em reais mais a desvalorização
de 2,23% da moeda brasileira,
segundo a Bloomberg.
"Após dez meses de otimismo, aumentou a aversão ao risco neste inicio de ano", disse
Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos. O economista, no entanto,
sente uma leve melhora do apetite do investidor estrangeiro
pelo Brasil nos últimos dias.
Ontem, a Bolsa brasileira subiu pelo quarto dia seguido. O
Ibovespa terminou o dia com
alta de 0,82%, marcando 67.779
pontos. O dólar recuou pelo segundo dia consecutivo e encerrou os negócios a R$ 1,782, menor valor desde 19 de janeiro,
com baixa de 0,83%.
Operadores relataram ontem
uma pequena entrada de recursos de investidores estrangeiros, que teria ajudado a impulsionar os negócios e a levar o
volume da Bolsa para R$ 6,68
bilhões -anteontem, o volume
foi de R$ 5 bilhões.
No mercado de câmbio, os
volumes também aumentaram
ontem. A antiga BM&F registrou US$ 4,026 bilhões em
transações com dólar à vista
-anteontem, o giro foi de US$
2,66 bilhões.
"O volume de negócios aumentou um pouco. Depois que
o dólar rompeu o piso de R$
1,82, a tendência é descer ainda
mais. E agora começa a entrar
dinheiro da safra nova", disse
Johny Kneese, da corretora de
câmbio LevyCam.
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