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São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Cenário bom
Tudo dá certo para os produtores de soja. A safra brasileira será recorde e, mesmo assim, os preços continuam elevados. Ontem o contrato de maio da Bolsa de Chicago -que sempre é influenciado pela safra brasileira- registrou o maior patamar desde 1998, atingindo US$ 5,8675 por bushel.

Boca de safra
Fernando Muraro, da Agência Rural de Curitiba, diz que a demanda internacional é tão forte que nem o fato de o Brasil estar na boca da safra impede a elevação dos preços. A China continua com forte presença no mercado dos EUA, acompanhada ontem pela Espanha.

Preços internos
Muraro diz que esse quadro de alta no mercado externo e de forte recuo do dólar no mercado interno dificulta a formação dos preços da soja internamente. Os preços estão bastante diferenciados e dependem da necessidade de produto dos exportadores.

Carne e orientação
O SIC (Serviço de Informação da Carne) montará um estande na Feicorte que será realizada em São Paulo em junho. Um dos alvos será mostrar às crianças todo o processo da cadeia produtiva da carne, diz Andréia Veríssimo, da entidade.

Maquete
O SIC convidará várias escolas para participar da feira e mostrará aos estudantes todos os passos da produção da carne. Para auxiliar a compreensão dos alunos será montada uma maquete que mostrará uma fazenda, os locais de vendas nos supermercados e a cozinha de uma casa.

Antecipação da mistura
Há um movimento entre produtores de álcool para uma antecipação do retorno da mistura de 25% do produto à gasolina para maio. A expectativa inicial é de retorno em junho. A mistura foi reduzida para 20% em fevereiro devido à perspectiva de desabastecimento.

Queda de consumo
O sucesso da antecipação da safra e a queda no consumo são os motivos alegados por esses produtores. Eles contam com o apoio do Ministério do Meio Ambiente. Há produtores que esperam, no entanto, uma concretização da produção de abril antes da mudança. Uma chuva prolongada poderá retardar a produção.

Frango sobe; boi cai
Frango e boi caminharam em direções opostas ontem no mercado paulista. O quilo do frango vivo subiu para R$ 1,50 nas granjas, com alta de 3,45%. Já a arroba de boi gordo recuou para R$ 56. Até terça-feira os frigoríficos pagavam R$ 57.

Custos elevados
Os custos para a produção de frango continuam elevados. Apesar da safra, os preços do milho estão altos e não prometem recuos sensíveis. O mercado futuro da BM&F está cotando a saca em R$ 23,3 para julho.

Brasil aquece Monsanto
O lucro do primeiro trimestre da Monsanto Co. poderá ser o dobro do previsto inicialmente. Motivos: maior demanda de sementes e de herbicidas no Brasil e gastos menores da empresa, segundo circulou ontem em Nova York.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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