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VÔO DA ÁGUIA
Um terço dos analistas só espera alta em 2005
Fed deve manter os juros em 1%, aponta enquete com economistas
DA REPORTAGEM LOCAL
O Fed (banco central dos EUA)
deve manter inalterado o patamar
da taxa de juros amanhã na reunião do Fomc (Federal Open
Market Committee), comitê de
política monetária da instituição.
Essa é a conclusão da sondagem
da agência de notícias Reuters
com economistas das principais
instituições financeiras dos EUA.
Dos 21 consultados, ninguém
acredita em mudança amanhã.
Os analistas afirmam que Alan
Greenspan, presidente do Fed,
continuará a ser cauteloso apesar
da recente divulgação de indicadores que mostram a aceleração
da economia americana.
O governo divulgou na semana
passada que o país cresceu a uma
taxa anualizada de 4,2% no primeiro trimestre deste ano.
Para um terço dos 21 economistas ouvidos pela agência, Greenspan só deve alterar a taxa de juros
em 2005. "Quando eles [membros
do Fomc] começarem a aumentar
a taxa de juros, o farão de um modo cauteloso e vão nos dar vários
alertas antes da decisão", disse
Sung Won-sohn, economista-chefe da corretora Wells Fargo.
Amanhã, os analistas estarão
atentos para a divulgação da nota
do comitê. "Acredito que isso [o
parecer do Fed] vai começar a nos
preparar para o inevitável", afirma Greg Valliere, do Schwab
Soundview Capital Markets, em
Washington.
Atualmente a taxa está em 1%
ao ano. O nível é o mais baixo registrado nos últimos 46 anos. Há
mais de dois anos o indicador não
ultrapassa 2%.
As taxas projetadas nos mercados futuros indicam que o banco
central americano deverá aumentar os juros em agosto. Alguns
analistas dizem que o aumento
deve ser anunciado ainda em junho. "É mais provável que vejamos um pequeno aperto [da política monetária] no verão [inverno
no Brasil]", disse o economista
Martin Neil Baily.
Mas, no mercado, há quem considere a cautela de Greenspan
uma atitude arriscada diante dos
sinais de pressão inflacionária. O
índice do deflator, que serve para
atualizar os valores utilizados no
cálculo do PIB, apresentou uma
taxa anualizada de 2,5% nos primeiros três meses deste ano.
"O elefante está na sala. É muito
difícil ignorá-lo", declarou Steve
Axilrod, ex-integrante do Fed.
Com agências internacionais
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