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Análise de propostas é adiada para 2ª
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A assembléia da Varig, marcada
para apresentar as quatro propostas de investidores interessados
na compra da companhia, foi
adiada para a próxima segunda-feira por falta de quórum. As ausências do fundo de pensão Aerus
e de parte dos credores trabalhistas impediram a realização da assembléia.
Credores afirmaram que o adiamento foi resultado de uma manobra da própria administração
da companhia e da consultoria
Alvarez & Marsal para aperfeiçoar a proposta defendida pelo
governo, de cisão da Varig em
duas companhias: a Varig doméstica, que seria leiloada num prazo
estimado de 60 dias, e a Varig internacional, que continuaria em
recuperação judicial com as dívidas da companhia.
O Aerus informou, por meio de
nota, que não compareceu devido
a discussões com a administração
da Varig. "O objetivo da decisão
foi proporcionar mais tempo à
empresa na estruturação e no detalhamento da proposta que vem
sendo desenvolvida, pela qual se
vislumbra a possibilidade de manutenção de um fluxo de recursos
ao Aerus."
A proposta do governo conta
com a simpatia da maioria dos
credores, principalmente por incluir o BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico
e Social), mas existem dúvidas
quanto à realização.
O banco poderia antecipar uma
parcela do valor pelo qual a operação doméstica da empresa será
vendida em leilão.
Rumores
Durante a assembléia circularam rumores de que o próprio governo teria orientado credores,
principalmente as estatais, a tentar suspender a assembléia. Representantes de empresas concorrentes destacaram ter dúvidas
sobre quais ativos seriam de fato
leiloados na Varig doméstica. Outros credores pediram explicações sobre como seria a divisão
dos vôos para o exterior que representam apenas prolongamentos de linhas domésticas.
O presidente da Varig, Marcelo
Bottini, destacou que o atraso na
votação das propostas não vai interferir no desempenho operacional da empresa.
Fontes de empresas estatais afirmaram que a consultoria Alvarez
& Marsal voltou a sondá-las com
uma proposta de alongamento
ainda maior das dívidas do que o
previsto no plano de recuperação
judicial. Conforme a nova proposta, o prazo passaria de três
anos de carência e sete de pagamento para três de carência e nove de pagamento. Mas ela só será
aceita se houver um posicionamento do governo a favor do aumento do prazo.
Na próxima segunda os credores também vão analisar a proposta da Volo do Brasil, a do consultor Jayme Toscano e a do TGV
(Trabalhadores do Grupo Varig).
Circulam rumores de que a Volo
do Brasil, que tem como acionista
o fundo de investimento norte-americano Matlin Patterson, já teria desistido do negócio.
(JL e MP)
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