São Paulo, quinta-feira, 03 de maio de 2007

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Banco vai focar política industrial

DA SUCURSAL DO RIO

O novo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, destacou em seu discurso a proximidade do presidente Lula e as orientações dadas por ele para a nova gestão do banco. Segundo Coutinho, Lula disse que o banco deve incorporar medidas na política industrial para mobilizar o setor privado nacional e estrangeiro.
A idéia é tornar a política industrial mais abrangente e aprofundar as iniciativas para segmentos como microeletrônica, desenvolvimento de software e bens de capital (máquinas e equipamentos).
Os conselhos do presidente Lula citados no discurso incluíram assuntos bastante díspares, da sustentabilidade sócio-ambiental da Amazônia até o desafio de aumento da participação de empréstimos das micro e pequenas empresas nos desembolsos do banco. O discurso citou diversos setores da economia e teve boa aceitação entre os empresários presentes ao evento.
Na entrevista mais tarde, o novo presidente do BNDES afirmou que torce para uma queda mais acentuada da taxa de juros, mas evitou polemizar e disse que o assunto é da esfera do Banco Central e da Fazenda.
Segundo Armando Monteiro Neto, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a chegada de Coutinho ao banco marca um engajamento maior do BNDES com os objetivos da política industrial. "O BNDES não é apenas um mero instrumento da política industrial, ele tem capacidade de pensar a política, de corrigir seus rumos e de colocar todo seu peso a serviço do processo de desenvolvimento industrial", disse.
Na avaliação de José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), Coutinho poderá ser o interlocutor junto ao governo da necessidade de uma taxa de câmbio mais atraente para os exportadores de manufaturados. "Ele vai mostrar claramente que eventuais políticas que desejam implementar enfrentarão dificuldades se o câmbio se mantiver no patamar atual."
O ex-presidente do banco, Demian Fiocca, fez um discurso sobre os avanços do BNDES nos últimos anos e agradeceu aos funcionários. A jornalistas, evitou comentar se pretende continuar ou não no governo.


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