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Mais mecanização geraria desemprego, diz setor
DA FOLHA RIBEIRÃO
O índice de mecanização das
lavouras de cana-de-açúcar na
região de Ribeirão Preto já
atinge 70% da colheita na safra
2007/2008. O avanço é visto
pelas usinas como alternativa
para resolver problemas ambientais e trabalhistas, mas
criaria problemas sociais.
O índice supera a média do
Estado de SP, de 45%, e da região centro-sul do país (36%),
segundo a Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar).
Nos três casos, os índices são
superiores aos registrados na
safra passada, de 40% em SP e
30% no centro-sul. Na região
de Ribeirão Preto, principal pólo no país, o índice praticamente manteve-se estável.
Questão social
O setor avalia que, se a colheita fosse toda mecanizada,
não haveria necessidade de
queimada da cana para cortá-la, mas muitos de trabalhadores ficariam desempregados,
gerando problemas sociais. "As
máquinas são mais produtivas,
eliminam a queima e substituem o trabalho pesado, mas é
preciso que as pessoas sejam
qualificadas para outras atividades", disse Sérgio Prado, da
Unica em Ribeirão.
O usineiro Menezis Balbo
disse que a mecanização contribuiu para parte da redução
do contingente de rurícolas,
mas que "os mais aptos não
perderam o emprego, por causa
do desempenho apresentado
nos cursos e treinamento e foram incorporados pelas frentes
de corte mecanizado".
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