São Paulo, quinta-feira, 03 de maio de 2007

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Mais mecanização geraria desemprego, diz setor

DA FOLHA RIBEIRÃO

O índice de mecanização das lavouras de cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto já atinge 70% da colheita na safra 2007/2008. O avanço é visto pelas usinas como alternativa para resolver problemas ambientais e trabalhistas, mas criaria problemas sociais.
O índice supera a média do Estado de SP, de 45%, e da região centro-sul do país (36%), segundo a Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar).
Nos três casos, os índices são superiores aos registrados na safra passada, de 40% em SP e 30% no centro-sul. Na região de Ribeirão Preto, principal pólo no país, o índice praticamente manteve-se estável.

Questão social
O setor avalia que, se a colheita fosse toda mecanizada, não haveria necessidade de queimada da cana para cortá-la, mas muitos de trabalhadores ficariam desempregados, gerando problemas sociais. "As máquinas são mais produtivas, eliminam a queima e substituem o trabalho pesado, mas é preciso que as pessoas sejam qualificadas para outras atividades", disse Sérgio Prado, da Unica em Ribeirão.
O usineiro Menezis Balbo disse que a mecanização contribuiu para parte da redução do contingente de rurícolas, mas que "os mais aptos não perderam o emprego, por causa do desempenho apresentado nos cursos e treinamento e foram incorporados pelas frentes de corte mecanizado".


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