São Paulo, segunda-feira, 03 de junho de 2002

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OUTRO LADO

Bedran nega envolvimento com Telemig

DA SUCURSAL DO RIO

Antonio Domingos Bedran disse à Folha que Sérgio Santos Sette Câmara, Roberta Brandão Souza e Luiz Flávio Bastos, do escritório Sette Câmara, Brandão e Bastos Advogados Associados, trabalhavam no escritório Antonio Domingos Bedran e Advogados Associados (Belo Horizonte), quando assumiu o cargo de procurador da Anatel, em 98.
Na ocasião, segundo ele, Sérgio Sette Câmara deixou a sociedade e abriu escritório próprio. ""Ele queria prestar serviços a empresas de telecomunicações, e eu não admitia. Ele saiu, e eu fiquei com a Roberta e com o Luiz Flávio. Em 2000, quando eu deixei o escritório, os três se juntaram de novo", disse.
Bedran nega que tenha vínculo com o escritório Sette Câmara e que tenha prestado serviços à Telemig Celular. ""Isso é denúncia de gente picareta. Desafio a me apresentarem uma petição da Telemig assinada por mim." Ele diz não ver constrangimento no fato de seus ex-sócios defenderem os interesses da Telemig em um processo na Anatel. ""Constrangimento, por quê? Você pode cercear o direito de uma pessoa vir à Anatel?"
Informado de que os telefones do escritório Sette Câmara ainda figuram em seu nome na lista da Telemar, reagiu: ""Não pode. Já saí há muito tempo". Ele diz que não vê conflito no fato de ter acumulado, por dois anos, a função de procurador da Anatel e de advogado. ""Não há conflito. Nunca advoguei contra o setor público."
Bedran assumiu a Procuradoria-Geral da Anatel em agosto de 98 e manteve seu escritório até novembro de 2000. Ele diz que o processo da Anatel contra a Telemig ainda não passou pela procuradoria. Afirma também que se manifestou em ações que envolvem o Opportunity autorizado pela direção e que dá ciência dos casos ao presidente da Anatel.



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