São Paulo, quinta-feira, 03 de junho de 2004

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"MÃOS DADAS"

Após atritos com empresa, presidente do banco defende novos empréstimos para exportações

Embraer voltará a ter financiamento do BNDES, diz Lessa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, disse que a Embraer deverá ter mais financiamentos do banco. "O crédito do BNDES é fundamental para a Embraer poder vender aviões para o mundo", disse. "Nós não temos que gerar dólares? Não temos que manter a indústria aeronáutica funcionando? Então eu vou continuar a financiar as exportações da Embraer", afirmou.
Ontem a Folha noticiou que, após cerca de nove meses de negociações, o banco aprovou empréstimo de US$ 222 milhões para a Embraer exportar dez jatos EMB 170 para as empresas Alitalia (Itália), Lot (Polônia) e US Airways (EUA). A aprovação envolveu negociações com a Embraer para elevar o índice de nacionalização de peças e componentes em seus aviões.
Lessa disse que tinha ficado "zangado" com a Embraer porque queria que a empresa tivesse feito um esforço para aumentar a nacionalização. "A Embraer passou a dar atenção ao problema [da nacionalização], e nossas relações estão produtivas."
O presidente do banco definiu a relação entre o BNDES e a empresa como um "casamento".
A Embraer chegou a culpar, em seu balanço do segundo trimestre de 2003, o atraso na liberação dos financiamentos do BNDES pelo seu pior resultado desde 1999. No fim de 2003, Lessa disse que a Embraer "teria de rebolar" para conseguir dinheiro do banco.


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