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MERCADO FINANCEIRO
Dólar fechou com baixa de 0,41%, vendido a R$ 3,132; juros futuros e risco-país também recuam
Queda do petróleo tranqüiliza o mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda no preço do barril do
petróleo registrada ontem trouxe
maior tranqüilidade ao mercado
financeiro doméstico e internacional. O dólar cedeu pelo segundo dia consecutivo e fechou a R$
3,132 -baixa de 0,41%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de
São Paulo) encerrou o pregão
com alta de 0,87%. O risco-país
brasileiro registrou recuo de
2,95%, para 691 pontos.
A escalada do petróleo, que
atingiu novo preço recorde na terça-feira, tem trazido preocupação. Internamente, a alta do produto pode acabar repassada para
os combustíveis e, conseqüentemente, pressionar a inflação.
O petróleo caiu com a expectativa de maior produção por parte
dos membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo).
O clima mais ameno permitiu
que as projeções dos juros futuros
cedessem nos contratos na
BM&F. A taxa do DI, contrato
que acompanha a oscilação dos
juros, mais negociado (prazo em
janeiro) recuou de 17,77% para
17,46% ao ano. Apesar da baixa, a
taxa segue bem acima da atual Selic (taxa básica de juros), que está
em 16% anuais.
Com o cenário menos turbulento, voltou-se a falar no mercado
sobre a possibilidade de o governo pôr em andamento uma operação de captação de recursos no
exterior.
Excesso de recursos
O Banco Central retirou ontem
do sistema financeiro R$ 29 bilhões para enxugar um pouco a liquidez (sobra de recursos), que,
segundo analistas, anda elevada.
"É muito grande a liquidez neste momento, e é normal que o
Banco Central atue para reduzi-la", afirma Rodrigo Boulos, economista do banco Santos.
O aumento da liquidez veio, em
boa parte, de recompras de títulos
públicos (principalmente papéis
cambiais) que o governo tem realizado.
O dinheiro é retirado do mercado por meio da colocação de papéis. Do montante total, R$ 3,85
bilhões serão recomprados pelo
governo em 1º de setembro e pouco mais de R$ 25 bilhões daqui a
duas semanas.
Analistas avaliam que não é positivo as instituições financeiras
ficarem com muitos recursos sem
ter para quem emprestar. Parte
desses recursos poderia ser direcionado ao dólar, o que pressionaria o câmbio.
(FABRICIO VIEIRA)
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