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MERCADO ABERTO
Decisão da Bolívia é lição para o Brasil, diz analista
A "festa" da esquerda, que recebe com entusiasmo o novo
experimento da Bolívia -a decisão de expropriação do capital de empresas estrangeiras no
país-, revela uma "visão típica
de quem desconhece o fato de
que o mercado, como instituição de alocação de recursos,
tem sido um dos motores do
crescimento econômico". A
análise é do economista Fernando de Holanda Barbosa,
professor da FGV-Rio, para
quem a Bolívia seguiu o caminho da inconsistência.
Para o economista, o governo
brasileiro e os dos demais países da América Latina podem
beneficiar-se desses experimentos da "esquerda incompetente" -como ele define tal
comportamento político- para
não incorrerem nos erros que
já se conhecem. Ele lembra
que, "durante boa parte de sua
história, a América Latina oscilou entre a esquerda incompetente e a direita predatória".
Ele afirma ainda que o desenrolar dos acontecimentos está
claro. "A lógica dos fatos indica
o caminho a ser seguido pela
Petrobras. No curto prazo, precisamos do gás da Bolívia e continuaremos a comprá-lo. No
longo prazo, substitui-se o gás
da Bolívia por alternativas, procurando-se fontes mais confiáveis", diz o economista.
Para Barbosa, o resultado
desse tipo de política irá prejudicar o povo boliviano, que não
terá o capital necessário para
criar empregos que aumentem
o salário real e melhorem as
condições do trabalhador.
"O oportunismo no curto
prazo certamente compensa,
porque o país fez de bobo o investidor externo. Todavia ninguém gosta de ser feito de bobo.
No longo prazo, as empresas
preferem não investir em países "espertos", e sim naqueles
que têm tradição de honrarem
seus contratos", afirma o economista da FGV-Rio.
100% BICOMBUSTÍVEL
Em tempos de alta dos preços ora da gasolina, ora do álcool, a tendência de migração para os bicombustíveis parece
mesmo irreversível. A partir de segunda-feira, a Volkswagen
do Brasil se tornará a primeira montadora nacional a ter toda a produção de veículos para o mercado doméstico com
esse sistema de combustível. Ao todo, serão dez modelos disponíveis para venda com essa tecnologia. Desde o lançamento do primeiro Gol Total Flex, em março de 2003 -a VW foi
a pioneira nesse sistema-, a indústria brasileira já comercializou mais de 1,6 milhão de unidades bicombustíveis, e a
montadora foi responsável por 35% destas vendas. Mês a
mês tem crescido a preferência do consumidor pelos carros
"flex", e, atualmente, quase 80% das vendas são de modelos
bicombustíveis. O Gol, aliás, é carro "flex" mais vendido no
mercado nacional, com mais de 260 mil unidades. "O bicombustível é, sem dúvida, uma das melhores contribuições da
indústria automobilística nacional", afirma o vice-presidente de operações da Volkswagen do Brasil, Joerg Mueller.
LEITURA
O Relatório da CIA - Como Será o Mundo em 2020
Editora: Ediouro
Quanto: R$ 34,90
As mudanças globais nos próximos anos
podem aprofundar as divisões já existentes na América Latina, e aumentará
o risco de surgimento de líderes populistas carismáticos. Antever tendências e
o mundo em 2020 é o propósito do livro
que tem como base relatório não-sigiloso do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA, a partir de consultas
com especialistas de agências não-governamentais de todo o mundo.
PULO DO GATO
Um dos maiores e mais antigos importadores de alimentos do país, o grupo La Pastina abre em julho um novo centro de distribuição e operação, no Ipiranga, em São
Paulo. O centro, com 16 mil m2 de terreno e 14 mil m2 de
área construída, irá reunir de prédio administrativo a câmaras frigoríficas e substituirá diversos galpões que o grupo
possui no Brás. Outra novidade é a mais recente aposta do
"braço" da La Pastina para a importação de vinhos -a
World Wine-, que investiu US$ 500 mil para trazer ao país
a chilena Viña San Pedro, após meses de negociação. A vinícola é detentora do vinho chileno mais vendido no mundo, o
Gato Negro, com 2,2 milhões de caixas consumidas em 15
países. Em um mês, já entrou na lista dos cinco vinhos mais
vendidos pela World Wine, diz Celso La Pastina, filho do
fundador do grupo e hoje no comando da importadora.
CONSIGNADO
A carteira de crédito consignado do Banco do Brasil
bateu recorde em maio,
quando 251 mil novas operações resultaram em um saldo de R$ 852 milhões contratados. O número elevou o
saldo de contratos ativos de
crédito consignado da instituição para R$ 5,8 bilhões.
PROMOVIDO
Sérgio Amado, que comanda o grupo Ogilvy Brasil
há quase dez anos, foi promovido a "chairman" do recém-criado "board" da agência no país. Shelly Lazarus,
CEO e "chairman" da Ogilvy
& Mather Worldwide, vem
ao país no próximo dia 24
para celebrar a posse.
NOVA CAMPANHA
A Brasil Telecom estréia
amanhã sua nova campanha
publicitária, a primeira sob a
nova gestão. O trabalho é assinado pela Leo Burnett e
tem como objetivo passar a
imagem de ética e transparência. Sob o slogan "BrasilTelecom. Aqui é o Lugar", a
campanha, que é composta
por três filmes para TV aberta nas dez capitais onde a
empresa atual, anúncios na
mídia impressa e promoções
em rádio e TV fechada, aposta na convergência.
FRANQUIA NO FOCO
O ministro Luiz Fernando
Furlan (Desenvolvimento)
abre, na próxima quinta-feira, o Fórum Setorial de
Franquias na Expo Franchising 2006, em São Paulo, onde analisará o desempenho
da cadeia desse segmento.
De 2001 a 2005, surgiram
mais 10 mil franquias no
país. Atualmente, o setor soma cerca de 60 mil unidades,
expandidas em 971 redes.
Em 2005, registrou 13% de
aumento no faturamento e
contabilizou R$ 35 bilhões.
OLHAR ESTRANGEIRO
Vice-presidente da Alliance Bernstein, gigante mundial em gestão de investimentos, Marc Mayer visita o
Brasil na próxima semana,
em turnê que inclui outros
quatro países da América
Latina. Em São Paulo, ele se
reunirá com cerca de cem
executivos em almoço na segunda-feira e deve discutir e
apresentar estratégias para
investimentos globais.
PESQUISA
A EMS-Sigma Pharma investirá R$ 180 milhões nos
próximos três anos em seu
novo centro de pesquisa e
desenvolvimento. A unidade, que já demandou investimento de R$ 25 milhões,
conta com mais de 200 profissionais, com o objetivo de
ter, em média, cinco novos
produtos ao mês. Estima-se
que o trabalho tenha gerado
alta de 35% nos negócios.
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