São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2006

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MERCADO ABERTO

Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br

Brasil estuda política de biotecnologia

O governo federal quer desenvolver uma política nacional de biotecnologia para o Brasil. Amanhã, será realizada, em Brasília, reunião do Fórum de Competitividade de Biotecnologia, em que será apresentada a primeira versão de estudo sobre o tema aos ministros da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Agricultura.
Para Luiz Antonio Barreto, secretário de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, o desenvolvimento da biotecnologia é fundamental para a competitividade na agropecuária. Ele defende o desenvolvimento de tecnologias como os transgênicos.
De acordo com Barreto, o país gasta R$ 3 bilhões por ano em agrotóxicos e precisa encontrar formas de reduzir este valor.
"Para baixar esses gastos, precisamos da agropecuária, de plantas geneticamente modificadas, de transgênicos, a maior descoberta do século passado, depois do código genético", diz. Barreto afirma que tem o apoio de industriais ligados ao agronegócio para o desenvolvimento de produtos transgênicos.
A primeira versão da política de biotecnologia foi apresentada em reunião com empresários na última sexta-feira. "Do ponto de vista setorial, desenvolvemos a idéia em três áreas: na agropecuária, na industrial e na saúde humana", diz Sergio Antonio Martins Melo, secretário de desenvolvimento da produção do Ministério de Desenvolvimento, que apresentou o projeto.
Recursos humanos, infra-estrutura tecnológica, financiamento e impostos foram outras preocupações centrais, segundo Martins. "Nós também estamos avaliando os marcos regulatórios. Há várias regras estabelecidas para o setor que precisam ser revistas", afirma.
O desenvolvimento da biotecnologia está diretamente ligado, segundo o secretário, à saúde humana, à indústria e à agropecuária. "Estabelecemos os alvos, tantos os estratégicos, como as áreas de fronteiras."

Empresa lucra com a Copa e produz mais
Com clientes como Coca-Cola, Ambev e Schincariol, a Rexam, fabricante de latas de bebida, produz mais durante a Copa. A empresa criou 25 rótulos só para o mundial e aumentou 15% do volume de vendas no primeiro trimestre. Em novembro a Rexam vai inaugurar uma fábrica em Cuiabá, em que investiu R$ 120 milhões. "A idéia é reduzir o custo logístico", diz André Balbi, presidente da Rexam na América do Sul.

RECUPERAÇÃO
Depois da queda de 0,3% em março e estabilidade em abril, a indústria deve crescer 0,7% em maio em relação ao mês anterior, segundo informativo econômico do Itaú. Os dados da produção industrial do IBGE serão divulgados nesta semana. A previsão do banco se baseia nos indicadores de produção de alguns setores em maio comparado a abril: automóveis (7%), petróleo (1,2%) e consumo de energia (1,2%). Os números da indústria de São Paulo confirmam esses resultados, já que as horas trabalhadas tiveram crescimento próximo a 3%.

PERGUNTE AO PÓ
A poeira está na mira da Arno. A partir do segundo semestre, a empresa deve jogar pesado no segmento de aspiradores, com um investimento de mais de R$ 1,5 milhão no lançamento de uma nova linha -incluindo o montante dirigido para mídia. O plano da empresa é conquistar um mercado que atualmente tem apenas 23% de penetração nos lares brasileiros. "Queremos expandir o consumo de aspiradores de pó entre todas as camadas da população", afirma Marcio Cunha, presidente da Arno.

DESERTO NO CÉU
O efeito da Copa sobre o movimento das empresas de táxi aéreo não foi muito animador. O período que antecede as férias de junho apresenta uma queda natural da demanda por helicópteros para locação, mas o cenário piora nos dias de jogos do Brasil. Segundo o comandante Vagner Leite, da Mega Air, a redução dos pedidos de orçamento, viagens e até de chamadas telefônicas foi surpreendente. E não foi só o transporte para executivos que diminuiu, nos finais de semana também houve baixa. Para o comandante, houve uma redução de cerca de 10 horas mensais de vôo. De acordo com ele, a Copa não é a única culpada e a queda na demanda causada pelos ataques do PCC ainda não foi superada.

BOLA PELA TELA
A Copa do Mundo está batendo recordes de audiência em toda a Europa, elevando as expectativas de que o evento atrairá um total acumulado de mais de 30 bilhões de telespectadores, segundo a Infront Sports & Media AG, empresa que vendeu os direitos da Copa para as TVs. "Estamos alcançando níveis recorde de audiência em toda a Europa quase todos os dias", diz Dominik Schmid, diretor de operações de transmissão da empresa. Devido ao fuso horário, as transmissoras européias vão ao ar em horário nobre.

TEM QUE MALHAR
A partir do próximo sábado até o dia 11, terça-feira, o Brasil usa o clima pós-Copa do Mundo para promover os artigos esportivos fabricados no país, em Munique, na Alemanha. Cerca de 30 empresas nacionais participam da ISPO Summer 2006, principal feira alemã ligada a esportes. A expectativa da Apex é que as empresas brasileiras consigam vender US$ 1,5 milhão.

CONTRAPONTO
Apesar do avanço do mercado informal e da pirataria -hoje com mais de 50% do mercado óptico no Brasil, segundo a Abiótica-, o setor óptico reúne 120 expositores entre 12 e 15 de junho, no Transamérica Expocenter, em São Paulo para a Abióptica 2006, uma das maiores da América Latina. São esperados 30 mil visitantes e movimentação de R$ 500 milhões em negócios.


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