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MERCADO ABERTO
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Brasil estuda política de biotecnologia
O governo federal quer desenvolver uma política nacional de biotecnologia para o Brasil. Amanhã, será realizada, em
Brasília, reunião do Fórum de
Competitividade de Biotecnologia, em que será apresentada
a primeira versão de estudo sobre o tema aos ministros da
Saúde, da Ciência e Tecnologia
e da Agricultura.
Para Luiz Antonio Barreto,
secretário de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, o desenvolvimento da biotecnologia é fundamental para
a competitividade na agropecuária. Ele defende o desenvolvimento de tecnologias como
os transgênicos.
De acordo com Barreto, o
país gasta R$ 3 bilhões por ano
em agrotóxicos e precisa encontrar formas de reduzir este
valor.
"Para baixar esses gastos,
precisamos da agropecuária, de
plantas geneticamente modificadas, de transgênicos, a maior
descoberta do século passado,
depois do código genético", diz.
Barreto afirma que tem o apoio
de industriais ligados ao agronegócio para o desenvolvimento de produtos transgênicos.
A primeira versão da política
de biotecnologia foi apresentada em reunião com empresários na última sexta-feira. "Do
ponto de vista setorial, desenvolvemos a idéia em três áreas:
na agropecuária, na industrial e
na saúde humana", diz Sergio
Antonio Martins Melo, secretário de desenvolvimento da
produção do Ministério de Desenvolvimento, que apresentou o projeto.
Recursos humanos, infra-estrutura tecnológica, financiamento e impostos foram outras
preocupações centrais, segundo Martins. "Nós também estamos avaliando os marcos regulatórios. Há várias regras estabelecidas para o setor que precisam ser revistas", afirma.
O desenvolvimento da biotecnologia está diretamente ligado, segundo o secretário, à
saúde humana, à indústria e à
agropecuária. "Estabelecemos
os alvos, tantos os estratégicos,
como as áreas de fronteiras."
Empresa lucra
com a Copa e
produz mais
Com clientes como Coca-Cola, Ambev e Schincariol, a
Rexam, fabricante de latas
de bebida, produz mais durante a Copa. A empresa
criou 25 rótulos só para o
mundial e aumentou 15% do
volume de vendas no primeiro trimestre. Em novembro a Rexam vai inaugurar uma fábrica em Cuiabá,
em que investiu R$ 120 milhões. "A idéia é reduzir o
custo logístico", diz André
Balbi, presidente da Rexam
na América do Sul.
RECUPERAÇÃO
Depois da queda de 0,3% em
março e estabilidade em abril, a
indústria deve crescer 0,7% em
maio em relação ao mês anterior, segundo informativo econômico do Itaú. Os dados da
produção industrial do IBGE
serão divulgados nesta semana.
A previsão do banco se baseia
nos indicadores de produção de
alguns setores em maio comparado a abril: automóveis (7%),
petróleo (1,2%) e consumo de
energia (1,2%). Os números da
indústria de São Paulo confirmam esses resultados, já que as
horas trabalhadas tiveram
crescimento próximo a 3%.
PERGUNTE AO PÓ
A poeira está na mira da Arno. A partir do segundo semestre, a empresa deve jogar pesado no segmento de aspiradores, com um investimento de mais de R$ 1,5 milhão
no lançamento de uma nova linha -incluindo o montante
dirigido para mídia. O plano da empresa é conquistar um
mercado que atualmente tem apenas 23% de penetração
nos lares brasileiros. "Queremos expandir o consumo de
aspiradores de pó entre todas as camadas da população",
afirma Marcio Cunha, presidente da Arno.
DESERTO NO CÉU
O efeito da Copa sobre o movimento das empresas de táxi
aéreo não foi muito animador. O período que antecede as férias de junho apresenta uma queda natural da demanda por
helicópteros para locação, mas o cenário piora nos dias de
jogos do Brasil. Segundo o comandante Vagner Leite, da Mega Air, a redução dos pedidos de orçamento, viagens e até de
chamadas telefônicas foi surpreendente. E não foi só o
transporte para executivos que diminuiu, nos finais de semana também houve baixa. Para o comandante, houve uma
redução de cerca de 10 horas mensais de vôo. De acordo com
ele, a Copa não é a única culpada e a queda na demanda causada pelos ataques do PCC ainda não foi superada.
BOLA PELA TELA
A Copa do Mundo está batendo recordes de audiência
em toda a Europa, elevando as
expectativas de que o evento
atrairá um total acumulado de
mais de 30 bilhões de telespectadores, segundo a Infront
Sports & Media AG, empresa
que vendeu os direitos da Copa
para as TVs. "Estamos alcançando níveis recorde de audiência em toda a Europa quase
todos os dias", diz Dominik
Schmid, diretor de operações
de transmissão da empresa.
Devido ao fuso horário, as
transmissoras européias vão ao
ar em horário nobre.
TEM QUE MALHAR
A partir do próximo sábado até o dia 11, terça-feira, o
Brasil usa o clima pós-Copa
do Mundo para promover os
artigos esportivos fabricados no país, em Munique, na
Alemanha. Cerca de 30 empresas nacionais participam
da ISPO Summer 2006,
principal feira alemã ligada a
esportes. A expectativa da
Apex é que as empresas brasileiras consigam vender
US$ 1,5 milhão.
CONTRAPONTO
Apesar do avanço do mercado informal e da pirataria
-hoje com mais de 50% do
mercado óptico no Brasil,
segundo a Abiótica-, o setor
óptico reúne 120 expositores entre 12 e 15 de junho, no
Transamérica Expocenter,
em São Paulo para a Abióptica 2006, uma das maiores da
América Latina. São esperados 30 mil visitantes e movimentação de R$ 500 milhões em negócios.
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