São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2008

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Correios querem que TST considere greve abusiva

Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta foram suspensos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) ingressa hoje no TST (Tribunal Superior do Trabalho) com recurso alegando que a greve deflagrada por carteiros, atendentes e operadores na segunda-feira é abusiva e prejudicial à sociedade.
O recurso ao TST é a segunda iniciativa dos Correios para enfraquecer a greve. Ontem, no segundo dia da paralisação, a empresa determinou o desconto dos dias parados dos funcionários que mantiverem os braços cruzados.
Com apenas dois dias de greve, os efeitos são visíveis. Para normalizar os serviços em São Paulo, por exemplo, vai ser necessário meio dia extra de trabalho, tempo que vai aumentar à medida que a greve continuar.
Em todo o país, o volume diário de correspondências e encomendas é de 30 milhões. Somente na capital paulista e na região do ABC o movimento é de 18 milhões de correspondências e encomendas por dia.
Devido à greve, a ECT decidiu suspender a prestação dos serviços de Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque Coleta. As agências funcionam normalmente.
Parte dos carteiros, atendentes e operadores deflagrou a greve na segunda-feira alegando o descumprimento pelos Correios do termo de compromisso assinado em novembro. Segundo os grevistas, o acordo estabelecia o pagamento de adicional de periculosidade de 30% sobre os salários e começou a ser pago em dezembro. Em junho, o adicional foi substituído por um bônus de atividade de R$ 260.
A diretoria alega que não irá negociar porque não considera que há descumprimento do acordo e que a legislação trabalhista não prevê o pagamento de adicional de periculosidade a carteiros e demais empregados. A categoria afirma que o adicional de periculosidade de 30% sobre os salários era um acerto prévio e que a substituição pelo adicional de atividade não soluciona o impasse.
Os números sobre a adesão dos empregados à greve não são uniformes. Os Correios informam que até ontem 40% dos 55 mil carteiros paralisaram suas atividades.
Na Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos), a indicação era que 80% da área operacional estava parada, envolvendo empregados distribuídos em 22 Estados. (LO)


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