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Argentinos retomam depósitos em bancos
DE BUENOS AIRES
Após vários meses de apostas
praticamente exclusivas no dólar,
em julho os correntistas argentinos voltaram a depositar recursos
nos bancos em busca de maior
rentabilidade.
A falta de confiança da população nos bancos continua a mesma. O país confiscou os depósitos
bancários três vezes nos últimos
15 anos.
No entanto com a relativa estabilidade da moeda norte-americana -que passou o mês de julho
negociada entre 3,50 e 3,80 pesos-, os investidores deixaram
da apostar no dólar para comprar
títulos do Banco Central, que pagam até 129% de juros ao ano, e
nos próprios depósitos a prazo fixo, cuja rentabilidade varia entre
50% e 80% ao ano. Esse tipo de
operação quase não existiu entre
dezembro e junho.
A mudança também foi sentida
nas casas de câmbio. De acordo
com donos dessas instituições, a
procura por dólar caiu entre 30%
e 50% em julho.
Outro sinal da menor procura
pela moeda veio do Banco Central, que vendeu 23% menos em
julho. Para os próximos meses, a
tendência é que, caso a moeda
permaneça estável, a procura pelos bancos continue em alta, já
que, ontem, o BC aprovou um
projeto permitindo a abertura de
novas contas sem nenhuma restrição para saque. O projeto entra
em vigor em 60 dias.
Justiça
A Justiça argentina atendeu ontem recurso do governo que suspende a inconstitucionalidade do
decreto que adiava por 120 dias o
pagamento de recursos que fugiam do "corralito" por meio de
decisões judiciais.
Dessa forma, os correntistas
que entraram com ações voltam a
ter de esperar para sacar os recursos dos bancos.
(JS)
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