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Preocupação com instabilidade leva petróleo a US$ 61,89
DA REDAÇÃO
O petróleo chegou ontem a
um novo recorde de fechamento e se situou perto do pico alcançado ontem, de US$ 62,30
em Nova York, mais uma vez
puxado pelas preocupações
com a estabilidade do mercado
internacional de petróleo após
a morte do rei Fahd, da Arábia
Saudita.
Problemas em refinarias nos
Estados Unidos e a expectativa
de que o relatório do Departamento de Energia, a ser divulgado hoje, mostre a quinta queda consecutiva nos estoques de
petróleo dos EUA também
preocuparam os investidores.
O barril de petróleo West Texas, negociado na Bolsa de Nova York, fechou ontem a US$
61,89, alta de 0,5%. O petróleo
do tipo Brent fechou cotado a
US$ 60,62 em Londres, com alta de 0,3%.
A morte do rei Fahd na segunda-feira levou o petróleo a
disparar, apesar da expectativa
de que seu sucessor, o príncipe
Abdullah, não mude a política
de petróleo do país. Abdullah
vinha governando o país de fato desde que o rei Fahd teve um
derrame, em 1995.
Problemas em refinarias
americanas no golfo do México
também levaram investidores a
voltar a se preocupar com a alta
demanda por gasolina no verão, apesar dos altos preços, e
com os estoques de combustível para aquecimento necessários para o inverno no hemisfério Norte, no final do ano.
A Motiva, parceria da Royal
Dutch/Shell e da Saudi Aramco, fechou uma refinaria no Estado da Louisiana para manutenção, em mais uma paralisação não-planejada de refinarias
nos últimos dias.
Outro fator que preocupa o
mercado é a possibilidade de
interrupções na oferta devido à
temporada de furacões, que já
causaram o corte de 6 milhões
de barris na produção americana e paralisaram a indústria petroleira mexicana.
O petróleo havia caído abaixo
de US$ 57 em Nova York após
relatórios da Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo) e da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla
em inglês) mostrarem que a
demanda da China por petróleo está se desacelerando. Mas,
com a valorização do yuan, que
aumenta o poder de compra
dos chineses, o preço do combustível voltou a subir.
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