São Paulo, quarta-feira, 03 de agosto de 2005

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Preocupação com instabilidade leva petróleo a US$ 61,89

DA REDAÇÃO

O petróleo chegou ontem a um novo recorde de fechamento e se situou perto do pico alcançado ontem, de US$ 62,30 em Nova York, mais uma vez puxado pelas preocupações com a estabilidade do mercado internacional de petróleo após a morte do rei Fahd, da Arábia Saudita.
Problemas em refinarias nos Estados Unidos e a expectativa de que o relatório do Departamento de Energia, a ser divulgado hoje, mostre a quinta queda consecutiva nos estoques de petróleo dos EUA também preocuparam os investidores.
O barril de petróleo West Texas, negociado na Bolsa de Nova York, fechou ontem a US$ 61,89, alta de 0,5%. O petróleo do tipo Brent fechou cotado a US$ 60,62 em Londres, com alta de 0,3%.
A morte do rei Fahd na segunda-feira levou o petróleo a disparar, apesar da expectativa de que seu sucessor, o príncipe Abdullah, não mude a política de petróleo do país. Abdullah vinha governando o país de fato desde que o rei Fahd teve um derrame, em 1995.
Problemas em refinarias americanas no golfo do México também levaram investidores a voltar a se preocupar com a alta demanda por gasolina no verão, apesar dos altos preços, e com os estoques de combustível para aquecimento necessários para o inverno no hemisfério Norte, no final do ano.
A Motiva, parceria da Royal Dutch/Shell e da Saudi Aramco, fechou uma refinaria no Estado da Louisiana para manutenção, em mais uma paralisação não-planejada de refinarias nos últimos dias.
Outro fator que preocupa o mercado é a possibilidade de interrupções na oferta devido à temporada de furacões, que já causaram o corte de 6 milhões de barris na produção americana e paralisaram a indústria petroleira mexicana.
O petróleo havia caído abaixo de US$ 57 em Nova York após relatórios da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês) mostrarem que a demanda da China por petróleo está se desacelerando. Mas, com a valorização do yuan, que aumenta o poder de compra dos chineses, o preço do combustível voltou a subir.

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