São Paulo, segunda-feira, 03 de agosto de 2009

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Trânsito caótico pode chegar a outras cidades

DA REDAÇÃO

Há menos de dois meses, a cidade de São Paulo bateu o recorde histórico de congestionamento ao registrar 293 km de lentidão, às 19h. Essa realidade, que agora parece distante para a maioria das capitais do país, pode fazer parte do cotidiano de muitas delas em breve.
Para Cláudio de Senna Frederico, ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado, "é só uma questão de tempo e de renda". "É o caminho de todas, sem exceção", diz, mesmo ressalvando as configurações geográficas diferentes.
Apesar dos problemas inerentes a uma metrópole como São Paulo, o consultor -que integrou um grupo de especialistas convidados pela UITP (principal associação internacional de transportes públicos) para traçar as diretrizes do setor em 2020- avalia que está longe o dia de as pessoas questionarem seus hábitos por causa do congestionamento, do preço do estacionamento e de outras dificuldades.
"Do ponto de vista urbanístico, é um terror, mas esse estilo de vida ainda é considerado uma conquista." Frederico lembra que, quanto menos carros há em um local, maior será o status obtido ao ter um, não apenas pelo conforto, mas também pela necessidade que as pessoas têm de diferenciação.
A indústria automobilística foi uma das principais beneficiadas pelas medidas anticíclicas do governo federal, com a isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis de 1.000 cilindradas e redução para os de até 2.000 desde dezembro. A partir de outubro, as alíquotas começam a subir, até voltarem ao percentual original em janeiro.
Com o estímulo fiscal, as vendas de automóveis, que bateram recordes em 2007 e em 2008, devem alcançar novo patamar máximo neste ano.


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