|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Trânsito caótico pode chegar a outras cidades
DA REDAÇÃO
Há menos de dois meses, a cidade de São Paulo bateu o recorde histórico de congestionamento ao registrar 293 km de
lentidão, às 19h. Essa realidade,
que agora parece distante para
a maioria das capitais do país,
pode fazer parte do cotidiano
de muitas delas em breve.
Para Cláudio de Senna Frederico, ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado, "é só uma questão de tempo
e de renda". "É o caminho de
todas, sem exceção", diz, mesmo ressalvando as configurações geográficas diferentes.
Apesar dos problemas inerentes a uma metrópole como
São Paulo, o consultor -que integrou um grupo de especialistas convidados pela UITP
(principal associação internacional de transportes públicos)
para traçar as diretrizes do setor em 2020- avalia que está
longe o dia de as pessoas questionarem seus hábitos por causa do congestionamento, do
preço do estacionamento e de
outras dificuldades.
"Do ponto de vista urbanístico, é um terror, mas esse estilo
de vida ainda é considerado
uma conquista." Frederico
lembra que, quanto menos carros há em um local, maior será
o status obtido ao ter um, não
apenas pelo conforto, mas também pela necessidade que as
pessoas têm de diferenciação.
A indústria automobilística
foi uma das principais beneficiadas pelas medidas anticíclicas do governo federal, com a
isenção de IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados) para automóveis de 1.000 cilindradas e redução para os de até
2.000 desde dezembro. A partir
de outubro, as alíquotas começam a subir, até voltarem ao
percentual original em janeiro.
Com o estímulo fiscal, as vendas de automóveis, que bateram recordes em 2007 e em
2008, devem alcançar novo patamar máximo neste ano.
Texto Anterior: São Paulo perde espaço nas vendas de carros Próximo Texto: Foco: Pernambucana compra automóvel novo depois de poupar por mais de 1 ano Índice
|