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Opep amplia produção se o Iraque for atacado
DA SUCURSAL DO RIO
DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
Se os EUA partirem para o ataque contra o Iraque, os países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) devem aumentar a produção, afirmou
ontem o presidente da entidade, o nigeriano Rilwanu Lukman.
Ele afirmou, no entanto, que a decisão depende de outros membros do cartel. Disse que "nós temos de colocar todas as cartas na mesa e a partir daí tomarmos
uma decisão coletiva".
O Iraque tem direito hoje a uma cota diária de produção de 1 milhão de barris de petróleo. Em caso de guerra, os demais membros podem aumentar a produção e
suprir o déficit iraquiano.
Uma possível invasão ao Iraque causaria uma exploração no preço do barril de petróleo.
Lukman, porém, enfrentará a oposição de um forte membro do cartel: a Venezuela. O ministro de Minas e Energia do país, Rafael Ramirez, disse ser contrário a um
aumento da produção pelos países da Opep.
Votação
Ramirez afirmou que irá defender essa posição na próxima reunião do cartel, que será realizada no dia 17 deste mês, quando será votada proposta para elevar o nível de produção.
Ao justificar sua postura, Ramirez afirmou que os estoques mundiais de óleo ainda estão "um pouco altos". Por isso, ainda não seria o momento de elevar a produção.
A Venezuela é um dos principais membros da Opep e tem uma cota de produção de 2,5 milhões de barris/dia -apesar de ter capacidade de extrair 4 milhões/dia.
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