São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2004

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PERFIL

Setor perdeu participação na produção do Estado de 1996 a 2001, diz Seade

Cai peso da indústria da Grande SP

IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE

Entre 1996 e 2001, a participação da indústria da região metropolitana de São Paulo no Estado caiu de 60% para 53%, conforme revela a Paep (Pesquisa de Atividade Econômica Paulista) de 2001, realizada pela Fundação Seade.
O principal motivo dessa perda de participação foi a crise energética de 2001, que provocou a queda no consumo interno, segundo o chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Seade, Miguel Matteo.
Isso porque a produção da região metropolitana é voltada principalmente para o mercado doméstico, ao contrário das indústrias mais afastadas da capital, como as de São José dos Campos, Franca, Ribeirão Preto, Araçatuba, Marília, entre outras, com forte participação nas exportações.
O setor de fabricação de equipamentos médicos, instrumentos de precisão e automação industrial da região de Ribeirão Preto, por exemplo, fica atrás apenas das regiões de São Paulo e Campinas, de acordo com a pesquisa do Seade.
Segundo a Dabi Atlante, fabricante de equipamentos odontológicos instalada em Ribeirão, a partir de 2001 houve um crescimento de cerca de 20% anualmente em vendas -em razão, principalmente, das exportações.
No ano passado, as vendas ao mercado externo (cerca de US$ 6 milhões) representaram aproximadamente 20% das receitas totais da empresa. Em 1998, por exemplo, as exportações não atingiam 10% do faturamento.

Serviços
Se a indústria da região metropolitana perde espaço, o setor de serviços vem crescendo e se sofisticando com a busca das empresas pela terceirização.
A pesquisa do Seade mostra que 70% dos serviços produzidos pelo Estado estão na região, sendo a maior parte, 52,7%, na capital.
De acordo com Matteo, na região, os serviços são voltados principalmente para empresas que exigem cada vez mais mão-de-obra qualificada. "Você não emprega ninguém no setor de serviços da região que não tenha pelo menos o segundo grau."
Dos serviços de telecomunicações oferecidos no Estado, por exemplo, 94% estão na capital.
Levando em conta toda a região metropolitana, destacam-se informática (86%) e serviços técnicos a empresas, com 87% de participação no total do Estado.


Colaborou a Folha Ribeirão


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