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PERFIL
Setor perdeu participação na produção do Estado de 1996 a 2001, diz Seade
Cai peso da indústria da Grande SP
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
Entre 1996 e 2001, a participação
da indústria da região metropolitana de São Paulo no Estado caiu
de 60% para 53%, conforme revela a Paep (Pesquisa de Atividade
Econômica Paulista) de 2001, realizada pela Fundação Seade.
O principal motivo dessa perda
de participação foi a crise energética de 2001, que provocou a queda no consumo interno, segundo
o chefe da Divisão de Estudos
Econômicos da Seade, Miguel
Matteo.
Isso porque a produção da região metropolitana é voltada
principalmente para o mercado
doméstico, ao contrário das indústrias mais afastadas da capital,
como as de São José dos Campos,
Franca, Ribeirão Preto, Araçatuba, Marília, entre outras, com forte participação nas exportações.
O setor de fabricação de equipamentos médicos, instrumentos de
precisão e automação industrial
da região de Ribeirão Preto, por
exemplo, fica atrás apenas das regiões de São Paulo e Campinas, de
acordo com a pesquisa do Seade.
Segundo a Dabi Atlante, fabricante de equipamentos odontológicos instalada em Ribeirão, a
partir de 2001 houve um crescimento de cerca de 20% anualmente em vendas -em razão,
principalmente, das exportações.
No ano passado, as vendas ao
mercado externo (cerca de US$ 6
milhões) representaram aproximadamente 20% das receitas totais da empresa. Em 1998, por
exemplo, as exportações não atingiam 10% do faturamento.
Serviços
Se a indústria da região metropolitana perde espaço, o setor de
serviços vem crescendo e se sofisticando com a busca das empresas pela terceirização.
A pesquisa do Seade mostra que
70% dos serviços produzidos pelo
Estado estão na região, sendo a
maior parte, 52,7%, na capital.
De acordo com Matteo, na região, os serviços são voltados
principalmente para empresas
que exigem cada vez mais mão-de-obra qualificada. "Você não
emprega ninguém no setor de
serviços da região que não tenha
pelo menos o segundo grau."
Dos serviços de telecomunicações oferecidos no Estado, por
exemplo, 94% estão na capital.
Levando em conta toda a região
metropolitana, destacam-se informática (86%) e serviços técnicos a empresas, com 87% de participação no total do Estado.
Colaborou a Folha Ribeirão
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