|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Atritos levam JBS a deixar entidade do setor de carne
De acordo com membros do setor, empresa quer impor rumos diferentes
JBS está prestes a anunciar a compra da segunda maior empresa do setor de aves dos EUA por US$ 2 bilhões,
afirma "Wall Street Journal"
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
O gigante mundial do setor
de carnes JBS-Friboi não faz
mais parte da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carnes), a entidade responsável pelo avanço
das exportações brasileiras por
quase duas centenas de países
nos últimos anos.
O motivo da saída da JBS da
entidade exportadora foram
discordâncias com outros associados nos novos rumos da entidade.
A situação se agravou porque, com prepotência, a JBS
quer impor rumos diferentes à
entidade, o que os outros 16
membros não concordam, disse ontem à Folha um participante desse setor.
Eles querem impor novos rumos com os quais não concordamos. Já que somos maioria,
eles saem, disse a fonte.
A JBS confirmou à Folha
que deixou a Abiec e que, até
este momento, foi uma das
maiores contribuintes para o
avanço da entidade brasileira
do setor de carnes.
Presente em quatro dos
principais países produtores de
carne bovina no mundo -Brasil, Argentina, Estados Unidos
e Austrália-, a JBS é líder
mundial em exportações nesse
setor. A capacidade diária de
abate da empresa já supera as
74 mil cabeças de animais.
Com a aquisição da Swift and
Company, a empresa entrou no
mercado de carne suína e agora
está prestes a participar também do setor de avicultura.
A empresa pode anunciar já
na semana que vem a aquisição
da americana Pilgrim's Pride, a
segunda maior empresa do setor de aves dos EUA, de acordo
com o "Wall Street Journal".
As discussões sobre o negócio,
afirma o jornal americano, estão no estágio final e ele pode
ser fechado em US$ 2 bilhões.
A Pilgrim's Pride, que está
em concordata desde o fim de
2008, teve faturamento de US$
8,5 bilhões no seu último ano
fiscal (período de 12 meses encerrado em setembro do ano
passado). Em nota, a JBS disse
que analisa constantemente
oportunidades de crescimento,
mas que não há no momento
nenhum acordo fechado.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Reestruturação: Presidente da Sadia deixa o cargo após 4 anos Índice
|