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Produtividade da indústria sobe 3,5% em 3 anos, diz Iedi
Dados são do triênio 2004/6;
média de 2007 deve ser de 3,6%
DA FOLHA ONLINE
A produtividade do trabalho
na indústria brasileira cresceu
3,5% em média entre 2004 e
2006, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Iedi (Instituto
de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). No primeiro
semestre do ano a evolução da
produtividade chegou a 3,7%.
Caso o crescimento da produtividade no primeiro semestre se mantenha para o resto do
ano, e que o crescimento neste
ano alcance algo como 3,5%, a
indústria brasileira completará
quatro anos de crescimento
ininterrupto, com média de
3,6%, aponta o estudo do instituto. O índice de produtividade
teve altas de 6,1% em 2004,
2,1% em 2005 e 2,5% em 2006.
Segundo o Iedi, ao contrário
do que sugerem os analistas,
que pedem a ampliação da produtividade a uma taxa maior
para compensar a alta do real
diante do dólar -que, neste
ano, é de cerca de 10%-, o ritmo de evolução não é baixo. Pelo contrário, diz o levantamento, "é bastante expressivo para
padrões internacionais".
Segundo o estudo, uma análise setorial dos resultados relaciona o crescimento de produtividade ao da produção. Nos
seis primeiros meses do ano, o
setor de maior expansão de
produtividade, o de máquinas e
equipamentos, com alta de
13%, teve aumento de produção de 17,4%. No ano passado, o
setor registrou expansão de
produtividade de 9,6%.
Para o Iedi, o desempenho de
máquinas e equipamentos é indicativo de que a indústria está
"em fase importante de modernização e atualização de seu padrão de competitividade".
"Aumentar a produtividade é
positivo porque amplia a competitividade e permite aumentos nos rendimentos de salário
sem pressão inflacionária", diz
o relatório do Iedi. "É melhor
ainda quando vem acompanhada de aumento de emprego
porque dessa maneira evita a
oposição entre modernização
industrial e ampliação das
oportunidades de trabalho."
Fabricação de meios de
transporte também segue na
mesma linha, com avanços da
produtividade de 4,9% e da
produção de 9,5%. A seguir,
vêm metalurgia básica, com alta da produtividade de 3,8%, e
indústrias extrativas, com 3,7%
-ampliações da produção de
8,2% e 5,7%, respectivamente.
No primeiro semestre, a produtividade aumentou ou foi
mantida em 16 das 18 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
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