São Paulo, sábado, 03 de outubro de 2009

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Mantega apoia mudança, mas antes cobra reformas no Fundo

DO ENVIADO A ISTAMBUL

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou ontem que, no caso brasileiro, o país continuará com sua política de acumulação de reservas, apesar da ideia do FMI de se transformar em uma espécie de BC global.
Mantega disse que apoia a ideia, mas que o Fundo teria de sofrer "várias mudanças" para que ela fosse implementada.
Para ele, por exemplo, o Brasil teria de ter entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões no Fundo à disposição, sem condicionalidades ou necessidade de assinatura de qualquer acordo. "A linha de crédito teria de ser automática, sem condições."
Outra mudança seria um aumento da participação brasileira e dos demais emergentes no poder de voto no FMI.
Há duas semanas, durante a reunião do G20 em Pittsburgh (EUA), os seus membros concordaram que os países ricos transferirão cinco pontos percentuais de sua participação no Fundo para emergentes -que reivindicavam sete pontos.
Mantega disse que essa transferência teria de ser ainda maior para que a ideia de um FMI como BC global vingue.
Esses e outros assuntos devem ser discutidos hoje durante reunião entre Brasil, Rússia, Índia e China, do bloco Bric.
O ministro não acha que o caixa do FMI teria de aumentar até o equivalente ao total das reservas dos países hoje (cerca de US$ 8 trilhões), já que nem todos entrarão em crise ao mesmo tempo. (FCZ)


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