|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mantega apoia mudança, mas antes cobra reformas no Fundo
DO ENVIADO A ISTAMBUL
O ministro Guido Mantega
(Fazenda) afirmou ontem que,
no caso brasileiro, o país continuará com sua política de acumulação de reservas, apesar da
ideia do FMI de se transformar
em uma espécie de BC global.
Mantega disse que apoia a
ideia, mas que o Fundo teria de
sofrer "várias mudanças" para
que ela fosse implementada.
Para ele, por exemplo, o Brasil teria de ter entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões no
Fundo à disposição, sem condicionalidades ou necessidade de
assinatura de qualquer acordo.
"A linha de crédito teria de ser
automática, sem condições."
Outra mudança seria um aumento da participação brasileira e dos demais emergentes no
poder de voto no FMI.
Há duas semanas, durante a
reunião do G20 em Pittsburgh
(EUA), os seus membros concordaram que os países ricos
transferirão cinco pontos percentuais de sua participação no
Fundo para emergentes -que
reivindicavam sete pontos.
Mantega disse que essa
transferência teria de ser ainda
maior para que a ideia de um
FMI como BC global vingue.
Esses e outros assuntos devem ser discutidos hoje durante reunião entre Brasil, Rússia,
Índia e China, do bloco Bric.
O ministro não acha que o
caixa do FMI teria de aumentar
até o equivalente ao total das
reservas dos países hoje (cerca
de US$ 8 trilhões), já que nem
todos entrarão em crise ao
mesmo tempo.
(FCZ)
Texto Anterior: China é motor da recuperação em países da AL Próximo Texto: Empresa de Eike anuncia descoberta de petróleo Índice
|