São Paulo, terça-feira, 03 de dezembro de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Aproveitando os preços
Os exportadores de soja estão aproveitando os bons momentos dos preços no mercado externo e fechando um volume de contratos de vendas externas bem acima do registrado nos anos anteriores. Os contratos de exportação da soja a ser colhida no próximo ano, registrados pela Secex até o dia 15 do mês passado, superam em 129% os do mesmo período da safra anterior. Em relação à safra de 2001, a alta é de 512%.

Embarques maiores
Independentemente dos preços, as exportações de soja do próximo ano serão bem maiores do que as atuais. A safra recorde de 48,3 milhões de toneladas deverá permitir ao Brasil exportar 19,5 milhões de toneladas de grãos, 13,5 milhões de farelo e 2,3 milhões de óleo, segundo cálculos da Abiove.

Receitas elevadas
A Abiove prevê receitas de US$ 7,6 bilhões para o próximo ano só com as exportações do complexo soja. Esse valor superará o recorde de US$ 6 bilhões deste ano. Na safra deste ano, as exportações de soja somaram 16,1 milhões de toneladas até 15 de novembro.

Café lidera na Alemanha
O Brasil assumiu a liderança nas exportações de café para a Alemanha. No ano passado, a participação brasileira subiu para 25,3% das compras totais dos alemães. Em 1981, o Brasil era o terceiro maior exportador, com 10,6%.

Café de qualidade
A posição conquistada pelo Brasil é importante porque a Alemanha é importadora de cafés de qualidade, o que vai exigir mais qualidade também do produto brasileiro, segundo o Cecafé.

Boas notícias
Doan Trieu Nhan, da entidade produtora de café no Vietnã, avisa que as exportações do país vão cair 26% em relação às do ano anterior. Já na Colômbia, Gabriel Silva, também da federação dos produtores, diz que, pela primeira vez em sete anos, o mundo vai produzir menos café do que o consumo. Preços firmes pela frente.

Preços aquecidos
Os preços agrícolas pagos aos produtores paulistas subiram 8,35% em novembro, segundo acompanhamento de preços do Instituto de Economia Agrícola. Em outubro, a alta havia sido de 5,43% e em setembro, de 8,83%. A pesquisa engloba 19 produtos.

Os líderes
Nelson Martin, coordenador da pesquisa, diz que as lideranças de alta no mês passado foram feijão (52%), batata (50%) e milho (27%). No acumulado do ano, milho (159%) e trigo (110%) têm liderança absoluta. Esses dois produtos também lideram os aumentos acumulados em 12 meses, com taxas semelhantes.

Sem queda
As quedas de preços neste ano e nos últimos 12 meses se limitaram à cebola, ao tomate e à cana-de-açúcar, diz o IEA. Não houve redução de preços entre os principais grãos negociados no Estado.

Fim da queda?
Analistas do mercado de boi acreditam que as quedas de preço registradas nos últimos dias podem estar no fim. O mercado futuro reagiu ontem, com pequeno reajuste nos preços.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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