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São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Empresas aproveitam custo menor para levantar recursos no exterior; Bolsa cai 0,30% e dólar vai a R$ 2,93

Risco-país mais baixo favorece captações

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas brasileiras estão aproveitando o risco-país em queda para lançar novas operações de captação de recursos no mercado internacional.
A Petrobras iniciou uma operação para captar US$ 500 milhões no exterior por meio da emissão de eurobônus de 15 anos, segundo informações de operadores do mercado. À frente da operação estariam os bancos Credit Suisse First Boston (CSFB) e Lehman Brothers. A assessoria da empresa estatal não confirmou nem negou que a operação esteja em andamento.
Outra estatal que se prepara para captar recursos no exterior é a Eletrobrás.
Na última segunda-feira, foi a vez de a Telemar iniciar uma operação para captar US$ 300 milhões no exterior. O Standard Bank London informou no mesmo dia a abertura de uma emissão de US$ 50 milhões para o banco Votorantim.
O risco-país em níveis menores barateia e facilita a captação de recursos por empresas e pelo governo no mercado internacional. Ontem, no entanto, o indicador subiu um pouco e fechou aos 506 pontos.
O dólar apenas não cedeu ontem devido a compras de dólares feitas pelo Banco do Brasil para o Tesouro Nacional, afirmaram operadores de mesas de câmbio. Se não fossem as recentes captações de recursos, o dólar poderia ter um mês de maior pressão, pois há forte volume de vencimentos privados e públicos no exterior nas próximas semanas.
A moeda norte-americana subiu ontem 0,24% diante do real, para fechar a R$ 2,933.
A Bolsa de Valores de São Paulo teve um leve movimento de realização de lucros, após a expressiva valorização, superior a 80%, acumulada neste ano.
O Ibovespa -índice que acompanha a variação das 54 ações de maior liquidez- fechou com baixa de 0,30%, aos 20.458 pontos.
Os juros futuros recuaram mais um pouco. Apesar de ainda não embutirem a expectativa de um corte de 1,5 ponto percentual na taxa básica (Selic, hoje em 17,5%) na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que acontece daqui a duas semanas, os contratos caminham para isso.
O contrato DI (juro interbancário) que projeta as apostas para o próximo Copom, com prazo em janeiro, fechou ontem a 16,85%.
(FABRICIO VIEIRA)


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