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Lula também quer câmbio melhor,
afirma Furlan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan,
disse que ele e o presidente
concordam que o valor do dólar precisa estimular as exportações. Furlan não sinalizou
qual a taxa de câmbio "estimulante". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana
passada, falou num dólar entre
R$ 2,90 e R$ 3,10 para ajudar os
exportadores. "Nós temos [eu e
o presidente] uma convergência de opiniões que, para que
haja continuidade do crescimento do comércio externo,
devemos ter um câmbio que
seja estimulante", disse o ministro, ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas.
Furlan, no entanto, indicou
que ainda não há decisões de
governo sobre o que fazer com
o câmbio. "O presidente e eu
também somos corintianos. O
nosso desejo era que o Corinthians não estivesse em oitavo
lugar no Campeonato Brasileiro, e sim no primeiro. Mas entre o desejo e a possibilidade há
uma distância", disse ele.
Ontem foi o segundo dia consecutivo em que Furlan se mostrou insatisfeito com o valor do
dólar. "É um sinal de preocupação, e a gente espera que se
encontre um ponto de equilíbrio que seja estimulante para
as exportações", disse. Segundo ele, o debate sobre a taxa de
câmbio foi colocado dentro do
governo. "Setores estão diante
de um dilema: investir para aumentar a produção e atender a
crescente demanda do mercado interno e sustentar a exportação, ou reduzir a exportação,
que perdeu rentabilidade, e
atender o mercado interno."
Segundo Furlan, as vendas
externas brasileiras até o final
deste mês não terão grande influência do câmbio, pois são
contratos fechados antes.
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