São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004

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Lula também quer câmbio melhor, afirma Furlan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que ele e o presidente concordam que o valor do dólar precisa estimular as exportações. Furlan não sinalizou qual a taxa de câmbio "estimulante". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, falou num dólar entre R$ 2,90 e R$ 3,10 para ajudar os exportadores. "Nós temos [eu e o presidente] uma convergência de opiniões que, para que haja continuidade do crescimento do comércio externo, devemos ter um câmbio que seja estimulante", disse o ministro, ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas.
Furlan, no entanto, indicou que ainda não há decisões de governo sobre o que fazer com o câmbio. "O presidente e eu também somos corintianos. O nosso desejo era que o Corinthians não estivesse em oitavo lugar no Campeonato Brasileiro, e sim no primeiro. Mas entre o desejo e a possibilidade há uma distância", disse ele.
Ontem foi o segundo dia consecutivo em que Furlan se mostrou insatisfeito com o valor do dólar. "É um sinal de preocupação, e a gente espera que se encontre um ponto de equilíbrio que seja estimulante para as exportações", disse. Segundo ele, o debate sobre a taxa de câmbio foi colocado dentro do governo. "Setores estão diante de um dilema: investir para aumentar a produção e atender a crescente demanda do mercado interno e sustentar a exportação, ou reduzir a exportação, que perdeu rentabilidade, e atender o mercado interno."
Segundo Furlan, as vendas externas brasileiras até o final deste mês não terão grande influência do câmbio, pois são contratos fechados antes.


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