DE PEQUIM

A China ampliou de 13 para 18 o número de cidades nas quais bancos estrangeiros podem estabelecer filiais para realizar operações em moeda local, o yuan. A medida faz parte da abertura do sistema financeiro ao capital externo, que deverá ser total a partir do fim de 2006, de acordo com os compromissos assumidos pelo país perante a OMC (Organização Mundial do Comércio) em 2001.
Os bancos estrangeiros já detêm 1,8% dos ativos do sistema financeiro chinês, fatia equivalente a US$ 66 bilhões. Nos últimos anos, 62 instituições de 19 países se instalaram na China, com 163 filiais.
Desde abril de 2003, a Comissão Reguladora dos Bancos da China (CBRC) estimula a participação de bancos estrangeiros em bancos do país. Em dezembro, a entidade elevou de 15% para 20% o percentual que instituições estrangeiras podem deter nas locais. Já são nove os bancos chineses com participação estrangeira, afirma Liu Mingkang, presidente da CBRC.
O maior investimento foi feito pelo HSBC, que comprou no fim de junho 19,9% do Bank of Communications, em uma operação avaliada em US$ 1 bilhão.
A reforma do sistema financeiro é um dos principais desafios do governo chinês. Em conseqüência da adoção de critérios políticos para concessão de financiamentos, os bancos do país acumularam uma montanha de créditos de recuperação duvidosa e maioria é considerada insolvente.
Porém, Liu diz que o objetivo da abertura não é obter capital, mas sim aperfeiçoar a governança corporativa e aumentar o rigor na concessões de empréstimos. (CLÁUDIA TREVISAN)


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