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Reforma pode ser votada neste mês
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara dos
Deputados, João Paulo Cunha
(PT-SP), disse ontem que espera
concluir a votação da reforma tributária até o final deste mês. Ele
disse que conversou anteontem
com os líderes dos demais partidos e que houve entendimento
nesse sentido.
Ele acredita que será possível resolver a questão da unificação do
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços), ponto
mais difícil nas negociações com
os Estados. João Paulo participou
ontem da abertura do seminário
"A nova Administração Tributária Brasileira", com a participação
de especialistas estrangeiros.
Para ele, o "sistema tributário"
brasileiro ainda está inconcluso,
apesar das medidas adotadas nos
últimos meses pelo governo
-como a implantação de uma
tabela regressiva de Imposto de
Renda sobre fundos de investimento para fomentar a poupança
de longo prazo.
João Paulo criticou o fato de que
a maior parte dos impostos no
Brasil é paga na ponta pelo contribuinte, no ato do consumo, o que
gera desigualdades. "É preciso
tratar os desiguais de forma desigual. Hoje, os desiguais são tratados de forma igual." Ele quis dizer
que, ao comprar determinado
produto, o contribuinte pobre paga o mesmo imposto que o rico.
As declarações de João Paulo
vêm na mesma linha do que tem
defendido o secretário da Receita
Federal, Jorge Rachid, e o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) sobre a adoção de novas medidas para beneficiar os contribuintes pessoas físicas, como a
correção na tabela do Imposto de
Renda. Os dois têm afirmado que
a idéia do governo é privilegiar os
que ganham menos.
Rachid voltou a dizer ontem
que a Receita ainda está estudando novas medidas e que, em breve, as apresentará ao governo,
"com os conseqüentes custos"
-ou seja, perdas de arrecadação.
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