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Investimento terá desaceleração, diz BNDES
MAURÍCIO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O presidente do BNDES
(Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social),
Luciano Coutinho, disse ontem, no Fórum de Líderes Empresariais, que os investimentos produtivos, que crescem a
18%, segundo ele, devem se desacelerar para um ritmo de 8%
a 10% nos próximos meses.
Os investimentos produtivos
-que são máquinas e equipamentos e outros itens constituídos para produzir bens e serviços- se expandiram em
16,2% no segundo trimestre
deste ano, quando o PIB brasileiro cresceu 6,1%. A alta desses
investimentos foi a 18ª consecutiva e recorde na série histórica do IBGE, iniciada em 1996.
Coutinho negou que o banco
de fomento sofrerá grandes
abalos com a crise de crédito internacional. Ele também confirmou que o BNDES irá emitir
debêntures a serem compradas
pelo FI-FGTS (fundo de investimento em infra-estrutura do
Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço) em um volume de
US$ 7 bilhões. A medida foi
aprovada na semana passada
pelo Conselho Curador do
FGTS.
Na palestra de ontem, o economista disse que o Brasil se
encontra muito bem posicionado em relação aos demais integrantes dos Brics (grupo que
também conta com Rússia, Índia e China). O presidente do
BNDES, no entanto, ressaltou a
necessidade de reformas, como
as do sistema tributário e previdenciário. "A Previdência precisa ser ajustada às devidas
perspectivas de longevidade
dos brasileiros." Na sua opinião, o país precisa exercer neste momento a "sensatez".
Para o economista, a boa saúde da economia brasileira depende do bom desempenho do
mercado doméstico. "É importante que a criação de empregos persista", afirmou ele.
O presidente do BNDES também afirmou que a "capacidade
de investimento da Petrobras
está garantida", dizendo que os
recentes problemas de captação de crédito da empresa petrolífera seriam algo momentâneo devido à atual crise de liquidez internacional.
Na opinião do economista, a
economia brasileira "tem fronteiras relevantes de investimento", citando como exemplo
o setor de energia, especificamente o petróleo da camada do
pré-sal.
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