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MERCADO FINANCEIRO
C-Bond sobe com retratação da Goldman Sachs; dólar oscila e fecha estável, e Bovespa recua 0,28%
Risco-país cai 1,5% e fecha a 1.303 pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
As boas e as más notícias que
circularam pelo mercado financeiro não foram capazes de traçar
uma tendência única para o dólar
ontem. A moeda chegou a cair
1,56% e depois a subir 0,85%, mas
fechou estável, cotada a R$ 3,515.
O Ibovespa, índice que mede a
variação do preço das ações mais
negociadas na Bolsa de Valores de
São Paulo, fechou com desvalorização de 0,28%.
No mercado internacional, o
dia foi favorável para os papéis
brasileiros. O risco-país caiu
1,51%, para 1.303 pontos, influenciado pelo otimismo dos investidores com a afirmação do banco
Goldman Sachs de que errou ao
rebaixar o Brasil no mês passado.
O C-Bond, principal título da dívida pública transacionado no exterior, fechou em alta de 0,72%.
Para alguns operadores, se não
fosse a continuidade da instabilidade externa e rumores de especuladores, a cotação do dólar poderia ter caído, em razão da posse
dos senadores e deputados no final de semana.
As escolhas do senador José
Sarney (PMDB-AP) para presidir
o Senado e do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) para a presidência da Câmara foram interpretadas como favoráveis para a
aprovação das reformas previdenciária e tributária.
Segundo analistas, as reformas
poderiam propiciar um ambiente
favorável para a apreciação generalizada dos ativos brasileiros, como queda do dólar e elevação dos
preços das ações na Bovespa.
Papéis
A captação de 70 milhões no
mercado internacional pelo Bradesco ofuscou a divulgação de
queda de 6,9% no lucro líquido da
instituição em 2002. As ações preferenciais do banco subiram
2,12%.
Segundo operadores, o Itaú
também estaria preparando uma
captação, e isso fez os papéis PN
se valorizarem em 3,2%.
Ontem a Acesita aprovou a venda da sua parte na CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) para a sua controladora, a Acelor, e
para a Vale do Rio Doce. A notícia
fez com que a ação PN da empresa subisse 5,6% -a maior valorização do Ibovespa ontem.
As maiores baixas foram novamente concentradas no setor de
energia e telecomunicações. As
maiores quedas foram Embratel
PN (5,5%), Tractebel ON (5%) e
Tele Nordeste Celular PN (4,1%).
(GEORGIA CARAPETKOV)
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