São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2009

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Sob críticas de Europa e Canadá, Obama nega ação protecionista

Pacote contempla empresas que usam exclusivamente produtos americanos

DA REDAÇÃO

O presidente Barack Obama disse ontem, em entrevista a emissoras de TV americanas, que os Estados Unidos não podem "enviar uma mensagem protecionista" ao mundo. A declaração foi feita horas depois de a União Europeia e o Canadá criticarem o viés protecionista das medidas de resgate à economia aprovadas pela Câmara e em discussão no Senado.
Um dos pontos, o "Buy American", estabelece que só empresas que usem exclusivamente produtos americanos em sua produção sejam contempladas com recursos.
"Em um momento no qual o comércio está em declínio, penso que seria um erro de nossa parte começar a enviar a mensagem de que só nos preocupamos conosco e que não nos importamos com o comércio mundial", disse Obama. "Verei que tipo de solução poderemos dar a este tema", disse.
Ontem, o representante da União Europeia e a embaixada do Canadá, em Washington, enviaram cartas aos congressistas questionando o "Buy American". A Europa lembrou do compromisso, firmado na reunião do G20 em novembro, de frear o protecionismo para não congelar o comércio exterior e aprofundar a crise.
Além da repercussão negativa, o "Buy American" no setor siderúrgico garantiria só mil empregos nos EUA, diz estudo do Institute for International Economics, de Washington.
Isso porque o uso de recursos humanos no setor é pequeno se comparado ao aporte de capital usado na produção, aponta o estudo. Logo, tais indústrias se beneficiariam do plano sem gerar uma quantidade significativa de empregos. Por outro lado, eventuais retaliações de parceiros comerciais transformariam um possível ganho em perdas para o comércio exterior dos EUA. A queda de cada ponto percentual nas vendas significaria a perda de 6.500 vagas.


Com agências internacionais

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