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Sob críticas de Europa e Canadá, Obama nega ação protecionista
Pacote contempla empresas que usam exclusivamente produtos americanos
DA REDAÇÃO
O presidente Barack Obama
disse ontem, em entrevista a
emissoras de TV americanas,
que os Estados Unidos não podem "enviar uma mensagem
protecionista" ao mundo. A declaração foi feita horas depois
de a União Europeia e o Canadá
criticarem o viés protecionista
das medidas de resgate à economia aprovadas pela Câmara
e em discussão no Senado.
Um dos pontos, o "Buy American", estabelece que só empresas que usem exclusivamente produtos americanos
em sua produção sejam contempladas com recursos.
"Em um momento no qual o
comércio está em declínio,
penso que seria um erro de nossa parte começar a enviar a
mensagem de que só nos preocupamos conosco e que não nos
importamos com o comércio
mundial", disse Obama. "Verei
que tipo de solução poderemos
dar a este tema", disse.
Ontem, o representante da
União Europeia e a embaixada
do Canadá, em Washington,
enviaram cartas aos congressistas questionando o "Buy
American". A Europa lembrou
do compromisso, firmado na
reunião do G20 em novembro,
de frear o protecionismo para
não congelar o comércio exterior e aprofundar a crise.
Além da repercussão negativa, o "Buy American" no setor
siderúrgico garantiria só mil
empregos nos EUA, diz estudo
do Institute for International
Economics, de Washington.
Isso porque o uso de recursos
humanos no setor é pequeno se
comparado ao aporte de capital
usado na produção, aponta o
estudo. Logo, tais indústrias se
beneficiariam do plano sem gerar uma quantidade significativa de empregos. Por outro lado,
eventuais retaliações de parceiros comerciais transformariam
um possível ganho em perdas
para o comércio exterior dos
EUA. A queda de cada ponto
percentual nas vendas significaria a perda de 6.500 vagas.
Com agências internacionais
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